No
ano 2000 participei, junto com mais de 30 militantes de várias correntes
politicas e também de variados movimentos sociais do Maranhão e de milhares de
outros Estados do País em porto Seguro no interior da Bahia, de atos de protestos
contra o engodo anunciado por FHC e exaltado pela Rede Globo sobre a
comemoração dos 500 anos do descobrimento do Brasil. Eles queriam que a maioria
dos brasileiros, índios, negros, militantes que lutaram contra a Ditadura e o
povo pobre esquecido pela Classe Dominante desse país comemorassem aqueles
quinhentos anos de forma positiva.
Os
militantes que lá estiveram disseram um sonoro não aquela elite branca, racista
e assassina representada pelo PSDB na pessoa de FHC. O Partido Socialista dos
Trabalhadores Unificado – PSTU esteve presente e orientou seus militantes do
país que juntassem forças e participassem daquele momento. Foi uma felicidade
imensa participar daquele ato histórico.
Ontem
aqui no Maranhão estive presente eu um ato histórico ocorrido em frente ao
Palácio dos Leões, a posse de mais um governador que deseja ser o carrasco
implacável da Oligarquia Sarney e de alterar os índices negativos do IDH do
nosso estado em benefícios do povo do maranhão.
Não estava lá como decisão e orientação do
PSTU, pois seremos oposição a este governo, mas sim como militane social que queria
registrar o momento histórico e também para ouvir a boa música brasileira
cantada por vários artistas maranhenses.
Em
seu discurso de posse o Governador Flávio Dino apontou várias medidas de
impacto imediato. Valendo-se da musica de Bob Dylan disse que as palavras são
importantes ecoarem no vento, mas são mais importantes ainda se concretizadas.
Anunciou
auditoria no caso dos precatórios da Costran, mas esperamos que se estenda a
toda a Administração da oligarquia. Afirmou que os Diretores das escolas agora
serão escolhidos em eleição direta, mas não tocou em concurso publico para professores,
apesar de ter convocado novos concursados da policia militar e de anunciar concurso para profissionais da saúde.
Em
fim, descreveu um rol de medidas importantes
que não tocam a fundo na estrutura do capital, mas que simbolizam uma
vontade de alterar os desmandos de décadas de uma oligarquia opressora e
corrupta.
Uma
delas me chamou atenção. Foi um Decreto que dispõe sobre a denominação de
logradouros e prédios públicos sob o domínio ou gestão estadual. Com suas
palavras disse estar proibido o uso de nomes em prédios públicos de pessoas vivas ou que estejam
inseridas no relatório final da Comissão Nacional da Verdade, como responsáveis
por crimes cometidos durante a ditadura militar.
Para que estas palavras não fiquem ao vento
lanço o desafio para todos e para o movimento negro em particular que
transformemos o nome da Ponte José Sarney para ponte Negro Gerô ou outro nome que
nos faça lembrar sempre da luta do povo negro e da morte cruel do cantor e
companheiro Gerô.
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