sábado, 25 de janeiro de 2014

UM ESTADO POR FORA DA LEI E UMA IMPRENSA POR DENTRO DA FRALDA

Escrito pelo Professor Hertz

Completamente desgastada pelas inúmeras denúncias em nível nacional e internacional, Roseana Sarney tenta desesperadamente recompor a imagem do seu governo criando um “estado de exceção” contra a periferia por dentro do “Estado de direito” e para isso conta com a “mão amiga” da inescrupulosa da mídia do Maranhão. 

Os jornais “Aqui” e o "Itaqui Bacanga", por exemplo, não preservam uma única palavra da tal ética jornalística. Os corpos são apresentados sem o mínimo de pudor, sem respeito aos familiares e as matérias são escritas sem direito ao contraditório. Os títulos das matérias que relatam casos de homicídios são verdadeiras chacotas. As versões das autoridades são sempre apresentadas como verdades absolutas. A cretinice midiática é tamanha que esses jornalistas sequer se esforçam para relacionar a onda de violência do Maranhão com o IDH do estado. Não fossem as redes sociais e a imprensa nacional a situação seria bem mais dramática. 

Se a ciência política tem fases de desenvolvimento que podem ser relacionadas ao gênero humano, a imprensa maranhense de tão submissa que é aos ditames das oligarquias não consegue sair da infância jornalística. A maioria das matérias não apresentam dados científicos e as estatísticas se limitam a contagem de corpos desfalecidos, nada mais que isso! Quando ousam dá sentido cientifico ao que escrevem o resultado é catastrófico porque não conseguem ultrapassar as barreiras do racismo e do menosprezo aos pobres que orientam suas posições políticas. 

A última edição da revista “Maranhão Hoje” contém duas matérias no mínimo instigantes. Uma delas tenta traçar o perfil psicológico dos assassinos da pequena Ana Clara. O objetivo é associá-los aos pobres e aos negros de maneira geral. A outra matéria apresentada as 40 personalidades mais influentes do Maranhão, entre as quais Roseana Sarney, João Alberto e João Castelo. Em nenhum momento essas “personalidades” são associadas ao crime, por que saquear o Estado em beneficio dos ricos e utilizar esse mesmo Estado para massacrar pobres e negros não é tipificado como crime para um jornalismo que ainda não conseguiu se livrar do uso de fraldas.

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