quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Seringueiro denuncia Marina Silva e declara apoio a Zé Maria


Osmarino Amâncio é uma liderança histórica dos seringueiros. De sua modesta casa na reserva extrativista Chico Mendes, em Brasileia (AC), ele conversou com a redação do Portal do PSTU

Osmarino durante o seminário nacional de programa do PSTU
Como você conheceu a Marina Silva?
Conheci a Marina nas Comunidades Eclesiásticas de Base. Ela trabalhou como catequista, eu também comecei como catequista e nós trabalhamos juntos. As comunidades eram ligadas à Teologia da Libertação. Depois, ela se candidatou, foi eleita deputada eu fiquei de suplente. Mas aí, em 1993, eu saí do PT por divergir do programa do partido, porque estava vendendo todos os seus princípios. Na época, o PT expulsou algumas tendências como a Convergência Socialista. Eu saí do PT em solidariedade à expulsão destes companheiros.
A Marina fez parte dos empates [mobilizações de seringueiros contra o desmatamento da floresta]. No começo teve uma trajetória boa, mas depois se adaptou à legalidade burguesa, indo ocupar uma cadeira de deputada e, depois, de senadora e ministra. Então, fez a grande traição do movimento dos seringueiros.
O que você pensa sobre a candidatura de Marina Silva à presidência da República?
Eu acho que é um retrocesso total tanto pra questão campesina como pra questão da Amazônia. Ela nunca teve uma preocupação com a questão da educação. Ela foi senadora e nunca teve essa preocupação de fortalecer esse setor.
Na Amazônia, ela fez toda a logística para que o agronegócio e para que as multinacionais pudessem dizimar com todo esse potencial aqui da região.
Acho que estamos numa situação em que os candidatos que tão na frente [das pesquisas] não se diferenciam muito. A Dilma não propõe a reforma agrária, o PSDB e a Marina também não. Na questão ambiental, os três têm a mesma agenda que é a economia verde. Como eles vão sustentar isso? Propondo uma esmola pra classe trabalhadora. Vão propor o Bolsa Família. Aqui na Amazônia vão propor a Bolsa Verde, o Bolsa Floresta. Então, vão distribuir esmola e os bancos vão ser os grandes beneficiários pela política propostas por esses candidatos.
Esse pessoal não governa o Brasil. Eles obedecem a uma política econômica do grande empresariado deste país. A Marina sequer tem uma ideologia. A Marina se apresenta como sendo alguém que não é nem de esquerda, nem de direita. Ela não cumpriu com o seu compromisso quando foi ministra. Ela privatizou a Amazônia com a Lei de Concessão de Florestas Públicas, garantiu que o agronegócio se fortalecesse com a liberação dos transgênicos, não teve uma política dura contra a importação dos pneus usados da Europa e da China.
O que você acha da proposta de Marina a respeito do desenvolvimento sustentável pra Amazônia?
Isso aí é a mercantilização total dos recursos naturais que ela quer implementar aqui. Hoje aqui tudo virou mercado. Hoje se propõe vender toda a madeira como matéria-prima. Tem a proposta do mercado de carbono, que garante aos empresários de Las Vegas poluir lá e “compensar” aqui na Amazônia. Isso é a proposta da economia verde. Sustentável para as multinacionais e para o grande capital.
Isso afeta os seringueiros e os indígenas aqui. A proposta dessa economia verde vai querer expulsar essas populações de suas áreas. Eles não vão poder nem colocar o seu roçado.  A Lei de Florestas Públicas vai entregar pra iniciativa privada a sua área de floresta.

Osmarino participa de audiência sobre desmatamento com Chico Mendes, dirigentes seringueiros e indígenas em Brasília
O que você acha da escolha de um vice ligado ao agronegócio na chapa de Marina Silva?
Já era algo esperado. A Marina não tem uma proposta de reforma agrária, nunca teve essa preocupação. Com a escolha desse vice [Beto Albuquerque] ela combina a imagem de lutadora que teve no passado com esse setor que sempre foi o grande inimigo daqueles que defendem a reforma agrária e lutam contra a concentração da terra. Os seringueiros e os índios vão sofrer as consequências disso na Amazônia.
Marina sempre usou a história de Chico Mendes em sua trajetória política. O que você acha disso?
Esse pessoal tenta dizer que o Chico era um ambientalista. O Chico nunca foi um ambientalista. Ele foi um libertário, um sindicalista socialista. O que o Chico discutiu com os ambientalistas foi uma aliança em alguns pontos. Mas a reforma agrária adequada pra essa região foi a proposta que o Chico defendeu. Pouco ante de morrer ele já tava divergindo da Marina por conta da proposta apresentada no congresso do Conselho Nacional de Seringueiro, do uso múltiplo da floresta. Isso era fazer o seringueiro aceitar o corte de madeira [comercial] aqui nas Reservas Extrativistas. Hoje o Chico estaria totalmente contra essas políticas que tão sendo implementadas.
Porque você está apoiando a candidatura de Zé Maria?
Eu tô apoiando porque é o único candidato que tá propondo a reforma agrária, a estatização da Amazônia. Tá ligado à luta de classe, ao movimento sindical da CSP-Conlutas. É um cara que tem um passado de luta que nunca foi negado por ele. Continua hoje com as mesmas convicções, como lutar contra a concentração de terras nas mãos de poucas pessoas.
O Lula que foi a esperança da classe trabalhadora sai de lá dizendo que os usineiros são heróis. Mas ainda tem muita gente que ainda luta como Chico Mendes fazia. Eu tenho certeza que essa população que se mobilizou em junho vai ter consciência disso.

sábado, 23 de agosto de 2014

SAULO ARCANGELI EXPLICA O PAPEL DOS CONSELHOS POPULARES NUM GOVERNO DO PSTU



Os sistemas de representação parlamentar em suas diversas formas, Câmara de Vereadores, Assembleia Legislativa, Câmara Federal e Senado estão falidos e só servem aos interesses dos ricos e poderosos. As poucas conquistas que os trabalhadores obtêm nestes parlamentos, na maioria das vezes, não são cumpridas pelos órgãos responsáveis por executá-las.

Nós do PSTU defendemos uma proposta contrária a esta  vigente. Pensamos que a representatividade mais democrática passa pelos Conselhos Populares. Nele, aquele que deseja participar, não precisa estar filiado a nenhum partido, ele  se auto- representa. Ao contrário do conselho proposto pelo Governo Dilma,  tão criticado pela direita e que além de não ser popular é somente consultivo, esse Conselho Popular seria deliberativo.

Essa nova forma de representação responderia a uma pergunta que sempre é feita aos nossos candidatos a cargos executivos: como esperam governar se o PSTU tem poucos quadros partidários? Respondemos: em um governo do PSTU nós teríamos os melhores secretários executivos sem que os mesmos pertencessem ao nosso partido, Como isso seria possível, podem nos perguntar.
Um exemplo: na questão da saúde convocaríamos uma conferencia dos profissionais e usuários do setor. Eles teriam como tarefa apresentar saídas para os graves problemas da saúde e nossas propostas estariam presentes na conferencia e grande parte delas já teriam sido aceitas, na medida em que fomos eleitos sem a compra de votos.

 Depois de aprovadas as linhas gerais da saúde escolheríamos um secretário executivo na mesma conferencia e o mesmo não precisava ser do PSTU, no entanto ele estaria limitado a executar o que foi aprovado na conferencia e não estaria autorizado a contratar assessores sem antes observar os servidores de carreira já existentes e sem que realizasse um concurso público.


Com essas medidas já eliminaríamos muitos oportunistas que não estão comprometidos verdadeiramente em resolver os problemas da saúde e evitaríamos  de fato o loteamento partidário que reina entre os partidos da ordem e que é tão abominado pela população e ao mesmo tempo incentivado pelos nossos entrevistadores.

MARCOS SILVA DEFENDE O FIM DO SENADO



O Congresso Nacional é bicameral, ou seja, é composto por duas casas parlamentares : o Senado Federal, integrado por 81 senadores, que representam as 27 unidades federativas (26 estados e o Distrito Federal), e a Câmara dos Deputados, integrada por 513 deputados federais, que representam o povo.
Nós do PSTU não defendemos nenhum dos dois sistemas com forma democrática de representação parlamentar. Somos a favor é dos Conselhos Populares. Todo parlamentar que elegermos tem como tarefa principal promover ações que denunciem as limitações do parlamento burguês no atendimento das propostas dos trabalhadores. A tarefa de acabar de vez com esta forma antidemocrática de representação parlamentar não é possível somente com a vontade do PSTU, é preciso ser abraçada pelo conjunto da Classe Trabalhadora. Por outro lado, o fim do Senado é mais aceito por outros setores da sociedade. Apresentamos dois argumentos básicos. O primeiro é econômico. o orçamento atual do senado ultrapassa a casa dos dois bilhões. Se eliminarmos esses gastos com o fim do senado sobrará mais dinheiro para a saúde, educação, transportes e moradia, por exemplo. O segundo é politico.A extinção do Senado limitaria o numero de organização parlamentar a combater quando estiver em foco aprovação de leis contra os trabalhadores.
A defesa do fim do Senado só poder ser feita por um partido e um candidato que não tenham como principio a eleição de carreiristas e a sustentação dessa democracia de fachada. O único que se encaixa nesse perfil é o companheiro Marcos Silva.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Saulo Arcangeli :ainda sobre o debate da TV Guará..





Estelionato
Art. 171 -  Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:



Repercutiu bastante nos últimos dias minha fala no debate da TV Guará denunciando o estelionato eleitoral praticado pela Oligarquia nas eleições de 2010 com a promessa da chegada da refinaria da Petrobrás no Maranhão.

Na época, Dilma, Roseana e Lobão, pai do candidato Edinho, prometeram a instalação de uma refinaria Premium da Petrobrás que seria a redenção de todos os males do Maranhão. Quatro anos se passaram, mais de R$1,5 bilhão foi gasto só em projetos e terraplanagem e no lugar de milhares de emprego e desenvolvimento, só existe um grande campo aberto e muita decepção.

O candidato Edinho teve chance em seu direito de resposta concedido pela emissora e não conseguiu explicar o porque de tanto desperdício de dinheiro público e o motivo de ter brincado com as esperanças de uma juventude pobre e sofrida que gastou seus últimos recursos para tentar se qualificar em um dos vários cursos de gás e petróleo que surgiram na cidade.

Para alguns minha fala se tratou de um ataque pessoal ao candidato Lobão Filho. No entanto, para nós do PSTU se trata de falar das coisas como elas realmente são, sem meias palavras, sem dó daqueles que massacram há 50 anos os trabalhadores do Maranhão com suas mentiras e promessas. Nesta campanha eleitoral, nos debates e entrevistas que tivermos oportunidade não faltará coragem de falar o que o povo do Maranhão tem vontade se pudesse estar frente a frente com os responsáveis pela miséria do nosso Estado.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Friboi dá R$ 10 milhões às campanhas de Dilma e Aécio Neves

"QUEM PAGA BANDA ESCOLHE A MÚSICA"


Primeira prestação de contas mostra doações milionárias de grandes empresas às principais candidaturas

A primeira prestação de contas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra o que todos já sabiam. Nessas eleições de cartas marcadas, as grandes empresas e empreiteiras é que comandam o jogo. Foram doados até agora R$ 170 milhões para a campanha eleitoral. Dos 20 maiores doadores, 10 são empreiteiras.
Só para a campanha à presidência, os principais partidos esperam gastar quase R$ 1 bilhão. Até agora, já foram doados R$ 31,2 milhões às principais candidaturas. PT, PSDB e PSB foram os destinos de 94% desses recursos. Aécio Neves recebeu R$ 11 milhões enquanto a campanha de Dilma já embolsou pouco mais de R$ 10 milhões. Mais de 90% dos recursos doados às campanhas veio de empreiteiras.
Até  o momento, destacam-se três grandes empresas responsáveis por mais da metade das doações eleitorais para presidente. A JBS (da marca Friboi), a Ambev e a empreiteira OAS respondem juntas por 65% das doações. Só a dona da marca Friboi deu R$ 5 milhões para Dilma e outros R$ 5 milhões para Aécio Neves. "Nossas doações seguem as relações que mantemos com os partidos, tanto nacionalmente quanto nos Estados", declarou a JBS ao jornal.
Se tem uma empresa que sabe da importância de contar com o apoio e as benesses do poder é a Friboi. A empresa se tornou, no governo do PT, uma das maiores processadoras de carne do mundo. Seguindo a malfadada política da criação das “campeãs nacionais”, a JBS contou com financiamento de nada menos que R$ 10 bilhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Além dos recursos doados aos candidatos à presidência, a JBS distribuiu outros R$ 42 milhões a outros candidatos.

Aécio lidera por enquanto a arrecadação para a campanha, com R$ 11 milhões. Foto ABr
Quem paga a banda...
Essa primeira rodada de doações é só o começo. Dilma declarou à Justiça sua pretensão de arrecadar R$ 298 milhões até o final da campanha, enquanto que Aécio quer arrecadar outros R$ 290 milhões. Muitas empresas, além disso, deixam para oficializar suas doações só no final da campanha, já que a divulgação dessa última prestação só ocorre após a votação. E esses cifrões, é bom lembrar, é só o que podemos ver sendo declarados à Justiça Eleitoral, não incluindo o institucionalizado “caixa 2”.
As grandes empresas, bancos e empreiteiras não jogam dinheiro fora. As doações eleitorais são verdadeiros investimentos. Esses candidatos, após eleitos, vão governar segundo os interesses dessas mesmas empresas que os financiaram durante a campanha.  Levantamento mostra que, para cada R$ 1 real doado pelas grandes empresas, recebem R$ 8,5 em retorno após as eleições.
Lamentavelmente, até mesmo o PSOL entrou na lista das siglas que receberam dinheiro das empresas. O partido recebeu R$ 50 mil do Grupo Zaffari, uma grande rede de supermercados, que lidera o setor no Rio Grande do Sul. A candidatura Luciana Genro recebeu R$ 15 mil desse dinheiro.
O grupo Zaffari é proprietário de nove shoppings centers e teve faturamento de R$ 3,7 bilhões no ano passado. É conhecido pela superexploração a seus trabalhadores, principalmente aqueles empregados na limpeza, caixas e empacotadores, na sua maioria mulheres e negras, submetidas a condições precárias de trabalho.
É impossível manter a independência política e defender um programa dos trabalhadores recebendo financiamento das grandes empresas. Mais cedo ou mais tarde, essa política cobra o seu preço, como mostrou a trajetória do próprio PT.
 É por isso que a campanha Zé Maria Presidente e Cláudia Durans vice, assim como as candidaturas do PSTU nos estados, não recebe recursos de empresas, bancos e empreiteiras. Toda a campanha é financiada pela militância e pelos trabalhadores e a juventude que apoiam essa candidatura operária e socialista.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

A REVOLTA DOS BICHOS CONTRA O LOBO



Recentemente o candidato ao Governo do Maranhão pelo grupo do Sarney, Lobão Filho, participou de uma sabatina na TV Guará que teve como objetivo esclarecer a população sobre o que pensa cada candidato que postule governar o Maranhão nos próximos quatro anos. Por lá passaram todos os candidatos a Governadores do Estado do Maranhão que responderam às perguntas dos jornalistas com bastante objetividade e respeito aos eleitores.

O candidato de Roseana Sarney não trilhou por este caminho. Um dos entrevistadores da sabatina, o jornalista Dinista Jonh Cutrim, indagou o bicho Lobo sobre a sua proposta para resolver os altos índices de miséria que acometem a maioria do povo maranhense. O bicho Lobo, sem ter o que dizer, assim respondeu: “Deixa eu te dizer uma coisa, venha você também para o 15, sua mãe é 15, seu pai é 15, seu tio é 15, seu cachorro é 15, seu gato é 15 e até seu papagaio só fala em 15, venha você também para o 15″, disse o candidato, para a surpresa de todos. Sem ter o que responder, talvez quis Edinho mudar de assunto para não se complicar.

Essa atitude jocosa revoltou os animais racionais e irracionais. Os racionais aguardarão o dia 5 de outubro para dar uma resposta contundente a este animal irracional chamado Lobo. Alguns animais irracionais citados, por não saberem digitar um número sequer, decidiram não aguardar o dia 5 de outubro e convocaram uma Assembleia Geral Extraordinária com todos os outros animais irracionais, à exceção do Lobo, mas permitiram que o mesmo fosse representado pelo BURRO.

Após várias intervenções indignadas por parte do cachorro, do gato, do falante papagaio e com defesa contrária, não menos contundente, do Burro, chegou-se a uma resolução após uma votação quase unânime. A resolução diz o seguinte: nós, bichos irracionais, neste pequeno momento de lucidez, desautorizamos o bicho Lobo, alcunhado por nós de El Louco, a usar NOSSOS nomes como cabos eleitorais de sua candidatura”. Tal resolução só teve um voto contrário, que foi o do BURRO, que decidiu continuar votando no quinze.


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

ROBERTO ROCHA DE QUE OPOSIÇÃO A SARNEY TU FALAS?



Nosso candidato ao Senado Marcos Silva (163) explica onde ele estava enquanto você comia no banquete da oligarquia e de seus satélites.

Vamos comparar nossa trajetória politica com a do Roberto Rocha: no inicio dos anos 80 eu estava junto com meus companheiros enfrentado o governo do general Figueiredo no plano federal e no estado o escandaloso governador eleito à custa do esquema Sarney e Castelo. 

Onde estava o Roberto Rocha? No final da década de 80 eu estava ajudando a construir a luta contra o governo do presidente Sarney e o governador Cafeteira no maranhão. Onde estava o Roberto Rocha? No inicio da década de 90 eu estava enfrentado o governo de Collor e a lastima do governo de Lobão. Onde estava Roberto Rocha? No final da década de 90 eu estava na luta contra as privatizações e liquidações das empresas públicas realizadas pelos governos de FHC e Roseana Sarney. Onde estava o Roberto Rocha? Quem responde estas interrogações? 

Ora como me vem o candidato Roberto Rocha dizer que ele é o autentico e único candidato ao senado de oposição à oligarquia Sarney. Pois ele pode até ser o candidato do agronegócio e dos que tem muita grana para gastar nas eleições. Porém está longe de ser uma oposição à oligarquia Sarney de confiança. Faço esse debate em memoria aos trabalhadores do Banco do estado do maranhão, CEMAR, COPEMA e outras empresas privatizadas com o apoio do deputado Roberto Rocha.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

GREVE DO SINDEDUCAÇÃO: Quem são os jornalistas que atacam a greve dos professores do município de São Luís?

Reproduzido do site Luta Educação


Hertz Dias
Às vezes é preciso apalpar o crânio de alguns jornalistas para saber se de fato existe massa cefálica em suas cabeças. Esse é o caso de alguns profissionais dessa área que atuam no Jornal Pequeno e de alguns blogueiros financiados pela prefeitura de São Luís que, diante do crescimento da greve do SINDEDUCAÇÃO, se lançam a ataques irracionais contra a categoria de professores do município de São Luís. 


Enquanto a Copa do Mundo e o período de férias ofuscavam a greve, esses jornalistas sequer escreviam notinhas de rodapé sobre a mesma. Mas, depois da realização da Marcha em Defesa da Educação Pública que contou com mais de 2.500 participantes entre professores, pais e mães de alunos; depois das assembleias e plenárias lotadas e das panfletagens nos bairros de periferia e nos terminais de integração, os ataques sucederam-se, tendo o Jornal Pequeno assumido o seu posto de timoneiro. Sem medir palavras taxam desrespeitosamente os professores em greve de “massa de manobra”. 
 
O debate, a crítica política e diversidade de opiniões são de suma importância em qualquer movimento grevista e o nosso não tem telhado de vidro. Mas, o que chama a atenção desses senhores é o nível de mediocridade e a falta de imparcialidade política na cobertura da greve do SINDEDUCAÇÃO. Quando falamos de imparcialidade não queremos dizer neutralidade política, algo que não existe em sociedades divididas em classes sociais. A imparcialidade, porém, advém de um critério científico e não político. 
Todos nós sabemos que o Jornal Pequeno há muito tempo se transformou em um apêndice da política do prefeito Edvaldo Holanda Jr e do PC do B, assim como o jornal O Estado do Maranhão serve aos interesses da família Sarney. Porém, publicar matérias com argumentos fantasiosos para blindar o prefeito é no mínimo querer atribuir aos leitores o mesmo nível de acefalia política que têm seus jornalistas. Mas, há sim explicação cientifica e política para esse tipo de postura. 

A base psicológica desse tipo de indivíduo decorre do seu complexo de inferioridade e da impotência que sentem em lutar contra as injustiças. Enquanto os professores enfrentam os diretores de suas escolas, a aristocracia da SEMED e o prefeito para melhorar suas condições laborais e salariais, o jornalista medíocre e pequeno-burguês prefere bajular seus patrões para obter dividendos salariais, por isso rechaça luta e criminaliza os que lutam.

Por não ter ultrapassado a fase infantil do conhecimento cientifico esse tipo de profissional deduz que a vitória da nossa greve implicará em menos dinheiro para o seu jornal, sendo a recíproca também verdadeira. O raciocínio desse tipo de individuo está nos olhos, MEIO BILHÃO DE REAIS, e não na realidade concreta da educação pública do município de São Luís. É sempre bom lembrar que cabos eleitorais pagos não ficam apenas segurando bandeiras nas rotatórias, eles também se escondem por trás das escrivaninhas climatizadas dos jornais de grande circulação. 

É dessa resignação irritante que nasce um jornalismo abstrato, estéril, flutuante, sem qualquer base investigativa. A base política de quem tem preguiça de raciocinar é o mais puro senso comum. Se não é isso, então o que leva um jornalista em sua sã consciência a afirmar que o PSTU, partido que não aceita dinheiro de empresários e governos, está financiado o principal sindicato de funcionários públicos de São Luís? Ou mesmo a afirmação descabida de que esse mesmo sindicato teria solicitado para um vereador um caixão para fazer o enterro simbólico da gestão de Edvaldo Holanda Jr.? Será que o SINDEDUCAÇÃO não tem recursos para comprar um simples caixão? Ora, de tão infantil, um argumento dessa natureza seria facilmente desmontado por qualquer adolescente do ensino fundamental. 

O Jornal Pequeno, que durante décadas pousou de “oposição” em nosso estado, se lança furiosamente contra mais de sete mil funcionários públicos do município de São Luís para blindar um prefeito incompetente e um partido degenerado que se especializou em atacar os trabalhadores, falamos do PCdoB que foi o principal cabo eleitoral de Edvaldo Holanda Jr. e que, por isso mesmo, controla a pasta da educação. 
Quantas matérias esse jornal publicou relatando as nossas movimentações nesses 75 dias de greve? Quantas escolas caindo aos pedaços foram registradas por seus fotógrafos? Quantos professores, dirigentes sindicais ou do Comando de Greve foram entrevistados por seus jornalistas? Quantas vezes noticiaram que mais de mil funcionários cooperado ficaram 20 meses sem receber seus vencimentos? Será que não sabem que as escolas estão sem vigilantes, bebedouros, carteiras, ventiladores e pátios? O problema é que para esse jornal a realidade não serve como critério para a verdade e sim o mundo fantasioso que a prefeitura de São Luís impõe que divulguem! 

Sem nunca ter visitado às escolas julgam-se no direito de afirmar que 80% delas estão funcionando normalmente (sic!). Mesmo sem greve isso não seria possível, já que a maioria das escolas não tem condições de funcionar normalmente. Nem os diários de classe, que é o básico do básico para que uma escola funcione minimamente, nunca existiu na gestão de Edvaldo Holanda Jr!

O Jornal Pequeno e os blogueiros de plantão não têm coragem de discutir com a população o documento assinado pela própria prefeitura em que afirmam textualmente que a prioridade para 2014 é pagar a dívida de 580 milhões de reais deixada pelo ex-prefeito João Castelo (PSDB), em detrimento do respeito à Lei do Piso, do FUNDEB e das reformas das escolas. Será que a verba da Educação (cerca de 530 milhões) vai servir para esse fim? João Castelo, que deveria está preso e com seus bens confiscados, é candidato a deputado federal em aliança com Flávio Dino (PC do B). Será que isso significa alguma coisa para esses jornalistas? Da forma como se comportam, não conseguem se diferenciar em nada do monolítico jornalismo controlado pela caquética oligarquia Sarney. 

Apesar disso, queria deixar um desafio público a esses senhores. Visitem a agenda de greve da categoria no site do SINDEDUCAÇÃO e tenham a hombridade de abandonar suas escrivaninhas por algumas horas e aparecer em nossas atividades para cobri-las, conhecendo seus méritos e defeitos, ou então apareçam nas reuniões do Comando de Greve para que possamos travar um debate honesto sobre educação pública, pois quem sabe assim vossas calúnias possam ganhar aparência de que tem cunho investigativo. 

Quanto aos colegas professores e professoras, fica aqui nosso apelo para se manterem firmes na greve. Esses ataques expressam o desespero dos grupos que gravitam em torno da gestão Holandinha e que querem de qualquer forma desviar os recursos da educação para outros fins, já que não conseguem explicar para onde está indo o montante de MEIO BILHÃO DE REAIS. Essa é a greve mais forte e mais importante da categoria. Eu nunca participei de uma greve com um Comando de Base tão dinâmico e unitário como esse que se formou no SINDEDUCAÇÃO, no que pese os problemas que a direção do sindicato tem que resolver urgentemente. Esse Comando construiu as possibilidades reais para uma vitória histórica da categoria, mas tudo isso depende, fundamentalmente, do compromisso político que cada um de nós deve assumir nesse momento.

*Hertz Dias é professor da Educação Básica do Maranhão, Militante da CSP-Conlutas e membro da Executiva Nacional da Secretaria de Negros e Negras do PSTU.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

SAULO ARCANGELI – CANDIDATO A GOVERNADOR PELO PSTU, 16.



  
O candidato a governador pelo PSTU Saulo Arcangeli é  formado em Ciência da Computação, trabalhador do Ministério Público da União, militante do movimento sindical e professor da Universidade Estadual do Maranhão. Iniciou sua militância no movimento estudantil, sendo um dos coordenadores do DCE/UFMA. Está licenciado dos cargos da Secretaria Executiva Nacional da Central Sindical e Popular CSP CONLUTAS e da Coordenação da Federação Nacional dos Trabalhadores no Judiciário Federal e MPU–Fenajufe e do Sintrajufe/MA. Foi candidato a Governador em 2010 pelo PSOL e a vereador em 2012 pelo PSTU. Mantém sua luta diária contra as injustiças e opressões impostas pelo sistema capitalista aos trabalhadores e a juventude e por uma sociedade justa, livre e igualitária.

Além dos atributos descritos acima o camarada Saulo é um dos militantes que veio do PSOL que nós do PSTU abraçamos com muito carinho. Ele é um dos principais dirigentes nacionais da CSP-CONLUTAS e na sua categoria, o Judiciário Federal, é respeitado por estar sempre a frente das lutas. Nas primeiras entrevistas já deu mostras de que defenderá muito bem o nosso programa socialista.

Nestas eleições votar em Saulo 16 é dizer um não para essa falsa polarização entre Lobão Filho e Flávio Dino e acima de tudo será um voto contra o regime e os opressores.