segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Dilma, impeça o massacre contra os Guarani-Kaiowás

Presidente nacional do PSTU lança carta aberta à Dilma


Zé Maria Presidente nacional do PSTU e ex-candidato a Presidência da República
• Presidenta Dilma

O Brasil acompanha chocado o drama dos indígenas Guarani -Kaiowás no Mato Grosso do Sul. A carta divulgada por uma comunidade formada por 173 indígenas acampados hoje à beira do rio Hovy causou comoção em todo o país e até fora dele. E não é por menos. Ela expressa a situação de desespero e angústia de uma comunidade que se vê obrigada a enfrentar os pistoleiros contratados pelos latifundiários, uma situação de extrema miséria e o mais completo abandono. E agora, ainda se depara com uma ordem de despejo da Justiça Federal de Naviraí!

Em determinado momento, a carta chega a pedir para que se decrete “a nossa dizimação e extinção total” e para “enviar tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos”. Não, presidente Dilma, os indígenas encurralados entre as balas dos jagunços e a ordem de despejo, não desistiram de brigar por sua terra. Pelo contrário, demonstram a mesma disposição de luta histórica que garantiu sua própria sobrevivência após cinco séculos de escravidão, rapina e genocídio. As palavras fortes da carta, porém, mostram a que ponto chegamos.

Os Guarani-Kaiowá , segundo maior grupo indígena no país com quase 50 mil pessoas, constituem um dos exemplos mais dramáticos da situação de barbárie social a que estão submetidos os povos originários. Segundo a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), 555 indígenas desse grupo se suicidaram entre 2000 e 2011 pelo abandono, falta de perspectivas e o confinamento cada vez maior devido ao avanço do agronegócio. A maioria, jovens. Só este ano já ocorreram 30 suicídios.

Sabemos, presidente Dilma, que essa situação não é de hoje, mas o resultado de séculos de opressão. O seu governo, porém, como o do ex-presidente Lula, tem a sua parcela de responsabilidade. A política de privilegiar o grande agronegócio exportador e os latifundiários, os ‘heróis’ de Lula, legitima o confinamento dos indígenas em espaços cada vez mais reduzidos. A precarização de órgãos como o Incra e a Funai, por sua vez, contribui para que grande parte das comunidades indígenas se vejam privada dos serviços públicos mais básicos e, por sua vez, de condições de vida minimamente decentes. O seu governo, presidente, publicou a Portaria 303/2012 que, como o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) denuncia, representa um verdadeiro retrocesso no processo de reconhecimento, demarcação e titulação das terras indígenas.

O mundo vê agora, presidente Dilma, o real resultado dessa política econômica que produz grandes lucros para alguns poucos e a mais completa penúria para outros tantos. Mesmo que esses outros tantos sejam, por direito, os verdadeiros donos dessas terras. É esse um “Brasil de todos”? De que adianta sermos a sexta economia do mundo se as nossas terras se transformam num imenso cemitério dos nossos povos originários? Estamos assistindo a vitória da exploração, da violenta colonização, do genocídio indígena. A vitória da barbárie.

A indignação que vemos agora, presidente, é parecida com a indignação que tomou conta do país no brutal despejo do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP). Na ocasião, a violenta ação policial foi provocada pelo governo Alckmin do PSDB. Denunciamos, na ocasião, a omissão do Governo Federal, que poderia ter evitado aquele despejo caso realmente quisesse. Mas agora, presidente, a questão indígena tem a ver diretamente com o seu governo. A ordem de despejo vem da Justiça Federal. É a presidência que cuida das homologações de terras, há tanto paralisadas.

Por isso que me dirijo à senhora, presidente, para fazer uma exigência: Evite mais uma tragédia social! Intervenha na ameaça de despejo contra a comunidade dos Guarani-Kaiowás! Mude sua política de privilégios ao agronegócio e atenda as reivindicações históricas das comunidades indígenas! Avance no processo de demarcação e homologação das terras! E perceba, presidente Dilma, que os verdadeiros heróis desse país são o povo indígena e quilombola, que insistem em resistir a séculos de massacres.

Zé Maria

terça-feira, 16 de outubro de 2012

SOBRE O CONCURSO PÚBLICO NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO MARANHÃO

Mural de azuleijo nas dependencias internas da ALMA

A investidura no serviço publico, via concurso publico, deveria ser um fato corriqueiro em nosso país. A partir da Constituição de 1988 essa prática acentuou-se. No entanto, em alguns órgãos isso anda a passos lentos. Na Assembleia Legislativa do Maranhão - ALMA (que existe há mais de 176 anos) até hoje só houve um concurso publico. Á época passaram aproximadamente 40 pessoas. Desses só existem eu e mais 17 servidores.

Nestes seis anos nós, servidores concursados e estáveis, vimos dando uma batalha junto a Direção da Casa para a realização de um novo concurso para preenchimento de novas vagas. Ao assumir pela primeira vez a Presidência da Casa o Deputado João Evangelista prometeu realizar um concurso e , além de não fazer, ainda dificultou a entrada dos que já haviam sido aprovados. Foi preciso que um grupo de oito concursados entrasse na justiça para que o referido Deputado nos empossasse.

O atual Presidente da ALMA, Deputado Arnaldo Melo, tal qual João Evangelista, assumiu falando em realizar concurso público e até o momento isso não se concretizou. Existem pelo menos 80 vagas a serem preenchidas. Segundo a Direção do RH as coisas estão encaminhando para que o Edital do Concurso saia até o final do mês de Novembro. Porém essa conversa já estar posta desde o começo do ano. A Direção do nosso Sindicato precisa retomar a mobilização no sentido de fazer valer o acordado na mesa de negociação. Por outro lado, é importante que outros setores da sociedade pressionem no mesmo sentido.

"O HITLER DA DEMOCRACIA BURGUESA"

Do Blog do companheiro Wilson Leite

Todos sabem que o processo eleitoral é uma disputa direta de demonstração de poder financeiro e econômico pelos candidatos das elites que se apresentam como representantes do povo. A mídia cumpre um papel de polarizar essa disputa apenas no volume de campanha, fechando com as pesquisas eleitorais com a função de direcionar os eleitores para acompanhar esse resultado.

Como podemos perceber o resultado não é definido por propostas, muito menos pela vontade do “povo”, essa vontade é facilmente comprada. Mas não devemos depositar toda a responsabilidade aos pobres moradores da periferia, sem educação, saúde, infraestrutura, eles são mais vítimas de todo esse processo de dominação das elites, pois lhes é passada a esperança que um dia estará no “paraíso”, resultante disso, acaba por escolher àquele que melhor descreve esse “paraíso”.

Como se deu a disputa então?

Assim como no modo de produção capitalista o dinheiro não ganha sozinho uma campanha capitalista, é preciso fazer mover os homens para que o resultado da “produção” resulte em votos. Na campanha do prefeito reeleito ficou evidente essa mudança a partir do momento que ele saiu da situação de comodismo e teve que suar a camisa literalmente para ter o seu resultado. Mas esse “trabalho” em busca dos votos foi muito além do trabalho, como é comum dos que estão no governo o uso da coerção dos servidores públicos para garantir mais votos, o uso da máquina pública através de obras a toque de caixa, principalmente nas periferias que se encontravam durante seus três anos abandonada e, é claro, a propaganda de empreendimentos que se instalaram na cidade com feito da gestão pública, confundindo o público com o privado, aliás, essa é uma separação que não existe para os neoliberais e corruptos.

Em eleições anteriores os empresários que apoiavam seus representantes candidatos participavam apenas com o financiamento em dinheiro e estrutura (equipamentos) de suas empresas – claro com o recebimento em dobro do investimento – mas esse ano houve uma inovação, esses empresários passaram, além da velha injeção de recursos financeiros e equipamento, a apresentar suas identidades pessoais e suas empresas como fator positivo ao candidato apoiado por eles. Foram mais além ainda, a forma coerção de funcionários públicos também foi vista dentro dessas empresas privadas – puro assédio moral – ao colocar seus trabalhadores perfilados para ouvir o candidato do patrão. Mas é preciso se perguntar seria uma iniciativa dos próprios patrões? Pelo que eu conheço do perfil dos empresários capitalistas dificilmente eles se exporiam tão descaradamente por iniciativa própria como fizeram. A quase totalidade das empresas que foram “obrigadas” tem uma relação direta com a atual gestão, pois são fornecedores da máquina pública e um simples “pedido” já seria suficiente para garantir a facilidade de recebimento ou pela permanência como fornecedores.

Como vimos à reeleição com uma vantagem de votos, foi muito além de ter sido o “melhor prefeito de Imperatriz”, é preciso garantir as condições da estrutura de poder para que o resultado se concretize, Sebastião Madeira e seu partido são mestres em usar todas as “armas” nessa guerra de terror moderno: a coerção psicológica e o terrorismo do poder, um “Hitler da democracia burguesa” ao se apresentar como uma raça emplumada superior para gerir os rumos de nossa cidade.

sábado, 13 de outubro de 2012

NOTA DO PSTU SOBRE O SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES EM SÃO LUÍS


Por que votar nulo ?

O PSTU, após o encerramento do 1º turno nas eleições municipais em todo país, vem a público externar sua posição em relação ao segundo turno

Em nível nacional, os partidos da base do governo Dilma derrotaram a Oposição de Direita (PSDB-DEM-PPS) na grande maioria das cidades, embora PT e PSDB ainda disputem o segundo turno em grandes cidades como São Paulo.

A falsa polarização entre PT e PSDB acaba depois das eleições, quando estes partidos e seus aliados passam a aplicar uma política de ataques aos direitos dos trabalhadores e de precarização dos serviços públicos. É quando os partidos esquecem as promessas feitas no horário eleitoral e passam a governar para os empresários que financiam suas campanhas milionárias.

Por isso, é necessário unir forças com os trabalhadores para barrar os novos ataques dos governos, principalmente a nova reforma da previdência do setor público e os ataques aos direitos conquistados na legislação trabalhista do setor privado.

No Maranhão, o grupo Sarney apesar de sair vitorioso em aproximadamente 80% dos municípios, não conseguiu emplacar seus candidatos “oficiais” em grandes cidades como Imperatriz, São Luís, Timon, Santa Inês, Balsas e Caxias. Este resultado deixa em aberto a crise dentro da Oligarquia em relação à sucessão de Roseana em 2014.

Em São Luís, o PSTU, com as candidaturas de Marcos Silva, Kátia Ribeiro e de seus vereadores, criticou o abuso de promessas feitas pelos candidatos e mostrou a vida como ela realmente é. Saimos fortalecidos politicamente destas eleições, cumprindo um importante papel de denunciar a democracia dos ricos e poderosos que excluem nossa população e apresentou aos trabalhadores e a juventude da cidade um programa de mediação para combater as injustiças sociais.

Enquanto isso, a maioria das candidaturas postas na capital defendeu um mesmo projeto: Dizem governar para todos, mas estão ligados aos ricos e grupos tradicionais que controlam a politica de nossa cidade e do nosso Estado por décadas e são os responsáveis pelo caos e a miséria da população.

Os dois candidatos que foram ao segundo turno, Edivaldo Holanda Jr. e Castelo, eram até bem pouco tempo aliados na Prefeitura. Castelo é um político tradicional da direita, iniciou sua carreira política na Ditadura Militar, chegando à Prefeitura em 2008 com promessa de grandes obras. Edivaldo, entrou na política através do pai, político aliado dos Sarneys, sendo o vereador mais votado na coligação que elegeu Castelo e hoje tem como principais aliados Weverton Rocha e Aziz, processados por corrupção durante o governo Jackson Lago. Castelo e Edivaldo juntos contribuíram para instalar o caos em todos os setores do munícipio. Por essas razões, chamamos o voto nulo neste segundo turno.

Manteremos nossa luta diária por uma sociedade justa, igualitária e socialista e na defesa dos trabalhadores e da juventude por melhores condições de vida e conclamamos, desde já, o PSOL e o PCB para estarmos juntos nas lutas diárias de nossa cidade e de nosso Estado.


Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados

São Luís, 10 de outubro de 2012


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

PSTU ELEGE DOIS VERADORES EM CAPITAIS BRASILEIRAS




Historicamente os partidos, verdadeiramente de esquerda, só elegem vereadores no calor das lutas sócias ou se algum dos seus candidatos expressarem um fenômeno social conjuntural. Foi isso que aconteceu em Natal e Belém neste domingo. “Nesse dia 7 de outubro, os trabalhadores, os movimentos sociais e a luta pelo socialismo conquistaram dois importantes pontos de apoio no parlamento. Amanda Gurgel em Natal e Cleber Rabelo em Belém foram eleitos vereadores pelo PSTU, em duas expressivas votações.” (site do PSTU NACIONAL). Ainda do mesmo site :

"Amanda Gurgel, a professora que se tornou conhecida após o vídeo em que denuncia o caso da educação se tornar febre na Internet, foi a vereadora mais votada da história da capital potiguar, com mais de 32.600 votos, quase 9% dos votos válidos. Algo como 24 mil votos à frente do segundo colocado. Para se ter ideia, o vereador mais votado da cidade havia tido 14 mil votos. A votação de Amanda garante mais duas cadeiras à Frente Ampla de Esquerda (PSOL e PSTU). Com 4.691, Cleber Rabelo, operário da construção, foi o terceiro mais votado na coligação PSOL/PSTU. O operário chegou à sede do PSTU de Belém carregado por centenas de peões, militantes do partido e ativistas da campanha."

Eles foram eleitos denunciando, nas ruas, nos programas de rádio e TV, os poderosos locais e mostrando que a saída para resolver os problemas cruciais da maioria da população não passa pela Câmara de Vereadores, mas sim pela construção do socialismo. Ou seja, não disseram nada diferente do que dizem todos os candidatos do PSTU, seja em São Luís ou em qualquer lugar desse país e que alguns, por imbecilidade política outros por ma fé, afirmam que o fato de falarmos “mal dos outros ou discutirmos o socialismo” dificulta nossas votações.

Em minha opinião, com raríssimas exceções, os candidatos não são eleitos pelo que dizem ou deixam de dizer na televisão. Se não vejamos: o que disse Nice Lobão e seu marido Edson Lobão de importante para serem eleitos? No caso recente o que disse de importante Astro de Ogum e Severino Sales para receberem uma quantidade grandiosa de votos? As noticias afirmam que “a Polícia Militar prendeu, em flagrante, na Cidade Operária, quatro pessoas suspeitas de realizarem boca de urna e distribuir uma quantia de R$ 20 mil, práticas proibidas pela legislação eleitoral. Elas foram autuadas em flagrante e encaminhados à Polícia Federal.”(do G1 MA).

No caso dos candidatos Majoritários de São Luís mais votados o que disseram de importante ou que “propostas” diferentes, das que eles dizem todo ano, foram apresentadas que levaram os eleitores a votarem neles? Na verdade eles expressam candidaturas dos ricos e que receberam muita grana para as suas campanhas e assim puderam pagar cabos eleitorais, colocar gasolina, elaborar programas televisivos que impressionaram a maioria sofrida da nossa população. No caso de João Castelo ainda pode se acrescentar a enormidade quantidade de empregos temporários criados em sua gestão tanto em nível Estadual (quando foi governador biônico) como no seu atual mandato municipal.

Para nós, candidatos do PSTU em São Luís, é muito gratificante saber que mais de mil pessoas saíram de casa para votar em um dos noves candidatos a Vereadores e mais de onze mil para votarem em nossas candidaturas de Prefeito e Vice sem querer nada em troca. Votaram porque acreditam na história do PSTU e na ação individual e coletiva de luta de cada um que lá se apresentaram. E por saberem que passado o processo eleitoral eles estarão nas ruas defendendo seus interesses contra os ataques de Holandinha ou João Castelo ao assumirem seus mandatos.

Em nome do PSTU agradecemos a cada voto depositado. E queremos afirmar que neste segundo turno VOTAREMOS NULO, pois não nutrimos nenhuma confiança no governo do PSDB de João Castelo e nem na frente do PTC, PSB e PC do B encabeçada por Edvaldo Holanda Junior.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Resposta ao Jornalista Itevaldo sobre sua Cláusula de Barreira.

Caro Itevaldo li em seu Blog uma matéria em que se posiciona sobre a não ida de Marcos Silva e Ednaldo Neves ao debate da Mirante. Gostaria de tecer alguns comentários.


Você diz que “...a legislação eleitoral estabelece a participação em debates de todos os candidatos filiados a partidos com representação na Câmara dos Deputados...”A Lei de conteúdo diz que às emissoras é facultado o direito de levar ou não candidatos que não tenha representação na Câmara Federal. Isso quer dizer que se o Sistema Mirante desejasse nós estaríamos no debate. A regra legal citada existe há mais de 10 anos. Nem sei se o amigo lembra que nas eleições para prefeito em 2008 nosso candidato Welbson Madeira participou no debate da Mirante. Também em 2010 no debate de Candidatos a Governador Marcos também participou. Em Belo Horizonte nossa candidata a Prefeita estar em terceiro lugar, mas foi impedida de participar de todos os debates promovidos pela Record, Band e Rede Globo.

O que acontece aqui não é diferente no Rio de Janeiro, São Paulo ou em qualquer outro lugar em que o partido tenha candidato. Portanto, a discussão não é de ordem legal. O que não interessa para a Classe Dominante é que um partido que questiona o regime e o modo de produção vigente cresça.

Em outro momento do texto você diz que “a presença de Ednaldo Neves e seu PRTB na cena política são possíveis porque esdrúxulo modelo partidário nacional permite a proliferação de legendas nanicas e de aluguel e assegura a elas tempo de Rádio e TV e verbas do Fundo Partidário”. Tenho acordo que a Burguesia cria muitos partidos que são meras legendas de aluguel. Cito o PRTB e o PTC de Edvaldo Holanda Junior como legendas de aluguel. No entanto, as maiores legendas de aluguel não são os partidos pequenos. O que é o PT, PSDB, o PMDB, o PDT, o PTB, o PV, só para citar alguns dos “grandes” partidos da Classe Dominante, se não os maiores vendedores de espaço eleitorais neste País.

Em outro momento, sendo coerente com o inicio do texto e incoerente com o seu republicanismo, diz que “...chegou a hora de uma cláusula de desempenho para os partidos políticos: dar acesso a TV, rádio e Fundo Partidário só aos que tiverem pelo menos 5% ou 10% dos votos em todo o país.” Lhe pergunto se essa cláusula de barreira existisse antes da fundação do PT, do PC do B e do próprio PTC você continuaria defendendo essa posição? E mais esses partidos estariam existindo hoje? Ainda, se o acesso ao Horário Eleitoral for restringido mais do que já é em breve chegaremos a situação como a dos EUA: há quase cem anos somente se conhece, via televisão, dois partidos, Democratas e Republicanos.

Por último, se você defende esse tal Estado Democrático de Direito não é contraditório negar o direito aos “pequenos” partidos o direito isonômico de expressar suas posições ao lado dos ditos grandes partidos. Se nós do PSTU já enfrentamos as grandes máquinas de comprar voto e isso já limita a chance de termos uma votação expressiva em termos percentuais, a Clausula de Barreira defendida por você acaba por tirar o direito de um setor da sociedade expressar sua voz.

Grato, Noleto.

PSTU: Amanda Gurgel aparece em 1º lugar em nova pesquisa

Do Blogue do Freerico Luiz da cidade de Imperatriz


Uma verdadeira onda se espalha pela cidade. A campanha de Amanda Gurgel está realmente varrendo as ruas da capital do Rio Grande do Norte. Candidata a vereadora em Natal pelo PSTU, a professora vai se consolidando cada vez mais na conquista por uma vaga na Câmara Municipal.

Candidata a vereadora em Natal pelo PSTU, a professora Amanda Gurgel
desponta com 5,39% das intenções de voto em pesquisa divulgada neste dia 2.
Aparecendo sempre nas primeiras posições em todas as pesquisas desde o início da campanha, Amanda Gurgel desponta agora em primeiro lugar na mais recente análise do Instituto Consult, divulgada nesta terça, dia 2, e encomendada pela rádio 98 FM e O Jornal de Hoje.

Blogue publicou sobre Amanda Gurgel
Desabafo emocionante de uma professora do RN


Na pesquisa, realizada com 1.800 pessoas entre os dias 28 e 30 de setembro, Amanda aparece com 5,39% das intenções de voto, o que ultrapassaria a marca dos 20 mil votos, superando o coeficiente, calculado em torno de 14.500 votos válidos. Essa é a mais completa pesquisa feita pelo instituto, com uma margem de erro de apenas 2,3% e um grau de confiabilidade de 95%.

A pesquisa revela que as pessoas estão cansadas da velha política, do jogo sujo dos partidos e políticos de sempre, envolvidos em corrupção e no ataque aos direitos dos trabalhadores. Além disso, o primeiro lugar da professora é inteiramente legítimo e respaldado por apoiadores e eleitores que não receberam nada em troca. A professora, inclusive, está à frente de vereadores corruptos condenados pela Operação Impacto e de outros, do partido da prefeita Micarla.

Feliz pelo resultado da pesquisa e empolgada com as dimensões que a campanha tomou, Amanda comemorou os números. A professora que calou os deputados destacou o retorno da capacidade de indignação das pessoas. “Estou feliz demais com essa notícia. Nesses últimos dias, eu vi muita gente nos bairros declarando o voto. Vi gente dizendo que ‘vai ser a primeira vez que vai votar sem ganhar nada’. Muitas pessoas que não aceitam mais que lhe digam em quem votar. Em especial, as mulheres. Nós estamos conseguindo resgatar a capacidade de indignação das pessoas. Natal tem mostrado que está mudando, com as lutas e a força da juventude.”, disse Amanda.

Último encontro com apoiadores empolga campanha na reta final

No sábado, dia 29, o auditório do Sindicato dos Comerciários, no centro de Natal, ficou lotado. Homens, mulheres, jovens, crianças, aposentados. Muitos trabalhadores e estudantes. Gente que veio de diversos bairros da cidade simplesmente por acreditar numa ideia, num sonho: o de que é possível fazer política de forma diferente, com e para a classe trabalhadora. Estavam todos reunidos para a última plenária de apoiadores da campanha da professora Amanda Gurgel. O encontro teve como objetivo organizar e preparar a reta final destas eleições.

Destaque especial para as mulheres do conjunto Nova Natal que compareceram em grande número, e para as importantes presenças do aposentado Osmar Tabosa, de incríveis 81 anos, e para a professora aposentada Lenilde do Nascimento, que fez um emocionante depoimento em um dos programas de TV de Amanda. Merece destaque também a performance da transexual Bibi, que homenageou a professora com músicas nacionais que destacavam a força e a coragem das mulheres. E da transexual Rochele, moradora do Nova Natal, que conheceu Amanda em uma panfletagem no bairro. Rochele fez um belo discurso sobre o partido, do qual se filiou, dizendo que encontrou um lugar no partido.

Na mesa de abertura, o professor Dário Barbosa, presidente estadual do PSTU e candidato a vice-prefeito pela Frente Ampla de Esquerda, ao lado de Robério Paulino (PSOL), falou da importância destas eleições e chamou os presentes a lutarem pela eleição de Amanda Gurgel. “Temos a chance de eleger uma vereadora socialista que será não só a voz dos trabalhadores na Câmara, mas também os olhos e os ouvidos. Queremos Amanda lá para propor projetos de interesse dos trabalhadores, defender a nossa classe e denunciar aqueles senhores e senhoras que atacam os nossos direitos e não ouvem a população, como não ouviram quando o povo pediu o ‘Fora Micarla’.”, afirmou Dário.

“Não devemos nada aos patrões”

Amanda pediu que todos continuassem na luta para mudar a realidade, mesmo depois das eleições. “Nossa campanha eleitoral é combinada com nossa campanha nacional de filiação. Espero que queiram conhecer o nosso partido, que se convençam da necessidade de transformar essa sociedade. O capitalismo não tem mais respostas pra dar aos trabalhadores e ele precisa ser superado. Espero que vocês se convençam junto com a gente deste projeto, do projeto do socialismo, e que possam construí-lo conosco.”, convocou.

A professora Amanda Gurgel também denunciou o jogo sujo das eleições burguesas, dos empresários e políticos que pagam milhares de cabos eleitorais para distribuir cestas básicas, guias para exames de vista e até mesmo dinheiro. “Infelizmente, as eleições ainda funcionam com base nas necessidades mais imediatas das pessoas. Mas nós estamos aqui pra dizer que já conseguimos uma grande vitória, que foi fazer uma campanha limpa, simples, com as bandeiras contadas. Uma campanha que não recebeu um real de empresário nenhum, e que não vai ficar devendo nada a ninguém, a não ser aos trabalhadores que se envolveram nessa luta. Não devemos nada aos patrões.”, destacou.

A plenária preparou a reta final das eleições, com dezenas de panfletagens e duas grandes carreatas. Nesta quarta, 3, feriado no Rio Grande do Norte, os apoiadores se dividirão em grupos, percorrendo seis bairros da cidade, batendo de porta em porta para pedir o voto. A semana ainda conta com uma caminhada no Jardim Panorama, bairro onde mora Dário Barbosa, e panfletagens nas universidades, na Petrobrás e em uma grande fábrica da confecção feminina.