sábado, 30 de abril de 2011

LIT-QI: A luta operária, internacional e socialista é mais atual que nunca Leia abaixo a declaração da LIT-QI para o Primeiro de Maio




LIT-QI



• O Primeiro de Maio nasceu já faz mais de 120 anos, como uma homenagem aos chamados Mártires de Chicago, nos Estados Unidos, julgados e condenados à morte por liderar uma luta contra a exploração capitalista. Desde 1889, considerou-se que a melhor forma de expressar essa homenagem seria realizar todo ano, nesta data, um dia internacional de luta pelas reivindicações da classe operária. Naquela época, foi assumido como eixo central a luta para conquistar a jornada de 8 horas de trabalho.

Desde então, a burguesia tentou, primeiro, apagar a data da memória dos trabalhadores e, depois, como não obteve êxito, procurou tirar o seu conteúdo de luta e transformá-la em um inofensivo “dia de festa”. A partir da década de 1990, este objetivo acentuou-se com uma campanha ideológica que anunciava estrondosamente o triunfo do “capitalismo sobre o socialismo” e o fim da “luta de classes”.

No entanto, como poucas vezes nos últimos anos, neste Primeiro de Maio, uma realidade mundial de luta dos trabalhadores e dos povos, em diversas regiões, mostra-nos que a luta de classes está mais presente que nunca, assim como suas perspectivas revolucionárias internacionais.

A revolução árabe
No mundo árabe, assistimos hoje uma das ondas de ascensão revolucionária de massas mais importante de sua história moderna, que o converteu no epicentro da situação mundial. Iniciou-se na Tunísia e teve continuidade no Egito, e não há praticamente nenhum país dessa região que não seja afetado por alguma de suas manifestações. Essa onda já derrubou dois ditadores (Ben Ali na Tunísia e Hosni Mubarak no Egito) e ameaça todas as ditaduras e monarquias reacionárias da região, a maioria delas agente do imperialismo. Chegou inclusive à Síria, onde o regime “dinástico” dos Assad ainda conserva alguma “aparência” de autonomia ante o imperialismo.

Por razões históricas e estruturais, essa onda revolucionária tende, de modo natural, a superar as fronteiras nacionais e a se estender e se unificar em todo o mundo árabe.

Olhando superficialmente, a atual onda da revolução árabe pode parecer só uma “luta pela democracia”. É verdade que o primeiro objetivo das massas é derrubar os odiados ditadores e seus regimes e obter plenas liberdades democráticas. Mas o seu conteúdo profundo é muito mais amplo, porque inclui resolver as gravíssimas condições dos trabalhadores e do povo e a necessidade de acabar com o saque imperialista e as oligarquias burguesas nacionais que geram essas condições de vida. E, como um elemento central, a necessidade de arrancar do coração do mundo árabe o punhal fincado que representam Israel e a tragédia do povo palestino.



As burguesias árabes “nacionalistas laicas” já mostraram que são incapazes de conseguir algum desses objetivos e que, cedo ou tarde, acabam se transformando em agentes do imperialismo contra a luta dos trabalhadores e do povo. As organizações islâmicas começam a mostrar isso, como se vê, por exemplo, nas posições políticas que a Irmandade Muçulmana teve ao longo de todo o processo egípcio (primeiro negociação com Mubarak e, agora, apoio ao governo do exército).

Afirmamos que, no mundo árabe, desenvolve-se uma “revolução socialista inconsciente” que, na luta pela democracia e pela libertação nacional, deve avançar necessariamente até a luta pelo socialismo. É socialista pelos inimigos que enfrenta (o imperialismo, Israel e as burguesias nacionais); porque as tarefas que deve implementar só podem ser realmente resolvidas derrotando o imperialismo e o capitalismo; e, finalmente, porque os seus protagonistas são os trabalhadores e o povo, os únicos que podem levar essa luta até o final.



Nesse sentido, o processo iniciado em 25 de janeiro de 2011 teve como antecedentes várias greves e lutas dos operários têxteis da cidade de Mahallah, no delta do Nilo. Inclusive, uma das organizações juvenis mais ativa nas mobilizações que derrubaram Mubarak se chamava “6 de Abril” porque se formou para aderir a uma dessas jornadas de luta.

Finalmente, a gota d’água na luta contra Mubarak e que acelerou sua queda foi a onda de greves dos últimos dias antes de 12 de fevereiro de 2011: operários têxteis de Mahallah, trabalhadores do Canal de Suez, trabalhadores da saúde, da educação, dos bancos e do transporte do Cairo etc.

Então, a grande tarefa atual é que esse “conteúdo operário e socialista” penetre na consciência das massas egípcias e árabes, e que essa consciência se expresse na continuidade de sua mobilização (superando as armadilhas e as ilusões da democracia burguesa) e em avanços na sua organização independente de qualquer variante burguesa. Especialmente, na construção de partidos operários revolucionários capazes de liderar a revolução até o final.

A luta na Europa
Cruzando o Mediterrâneo, os trabalhadores e a juventude europeias continuam a luta, iniciada em 2010, contra os duríssimos planos de ajuste que os governos (sejam da direita clássica ou de partidos social-democratas) e as patronais aplicam para fazer recair sobre os seus ombros o custo da crise econômica internacional e dos imensos pacotes de ajuda que deram aos bancos e ao parasitário sistema financeiro.

Em 2011, já houve uma nova greve geral na Grécia. No mês passado, uma imensa mobilização em Portugal, impulsionada pela juventude trabalhadora e estudantil, a chamada “geração à rasca” (geração perdida), foi o ponto mais alto da resposta social, que obrigou o governo do primeiro-ministro Sócrates a renunciar. Mais recentemente, centenas de milhares de pessoas se manifestaram em Londres contra os cortes no orçamento aplicados pelo governo conservador-liberal.

Aqui também a luta tende a tomar rapidamente um caráter internacional. Acordos como a União Europeia e a “zona euro” (os 16 países que adotaram o euro como moeda) mostram claramente o seu caráter de organizações imperialistas contra os trabalhadores, como fica evidente nos ferozes ajustes que devem ser feitos por governos como os de Portugal ou da Grécia para receber uma “ajuda” que só tem como objetivo salvar os bancos e aumentar ao máximo a exploração dos trabalhadores, liquidando antigas conquistas trabalhistas e precarizando benefícios, como a saúde e a educação públicas.

Em todos os casos, esses governos contam com a cumplicidade das burocracias sindicais que, inclusive quando se veem obrigadas a impulsionar lutas, atuam para dividir e frear os processos. De qualquer maneira, sua ação sempre está destinada a salvar esses regimes políticos, a UE e a zona euro. Se não fosse pelo papel dessas burocracias, muitos desses governos já teriam caído ou estariam para cair.

Além disso, devido à ação das burocracias, os trabalhadores de cada país tiveram que sair à luta contra as mesmas medidas impostas pelo imperialismo, mas o fizeram separadamente, cada um por sua conta. Embora os inimigos fossem os mesmos e os planos de fome impostos a partir do mesmo padrão da União Europeia, a política das burocracias sindicais foi isolar uma luta das outras. Por isso, na Europa, é necessária a construção de uma alternativa classista perante os governos e que unifique a luta contra a burocracia em cada país e a luta da classe operária europeia em seu conjunto.

Em todo o mundo
No mesmo caminho de seus pares europeus, o governo de Obama, nos EUA, acaba de apresentar um orçamento que contém o “maior corte da história do país”. Ainda que a situação de luta esteja bem mais atrasada que na Europa, a recente mobilização no estado de Wisconsin e as do ano passado na Califórnia contra os cortes no orçamento estadual para a saúde e a educação públicas, que unificaram os trabalhadores destes setores com os estudantes e usuários, podem estar assinalando o fim da “tranquilidade”.

Nos primeiros anos do século XXI, vários países latino-americanos viveram processos revolucionários (Equador, Argentina, Venezuela, Bolívia). Auxiliados por uma situação econômica relativamente boa, os governos de frente popular ou populistas (como os de Chávez, Evo Morales, Correa e Lula) conseguiram controlar e barrar este processo. Mas essa “tranquilidade” também pode começar a ter problemas.

À superexploração soma-se agora a inflação, que deteriora o poder de compra dos salários. O governo de Evo teve que retroceder no “gasolinazo” (brutal aumento do preço dos combustíveis) diante da reação operária e popular. No “estável” Brasil da era Lula, agora com o governo de Dilma Rousseff, mais de cem mil trabalhadores da construção civil de obras públicas (um dos setores mais explorados da classe operária brasileira) fizeram uma duríssima greve contra as empresas construtoras (muito ligadas ao governo) com métodos muito radicais de incendiar os pavilhões dos canteiros de obras.

Todas essas lutas colocam a necessidade da unidade internacional dos trabalhadores. Uma unidade que esteve na origem do movimento operário e que foi a marca registrada dos primeiros esforços de organização dos trabalhadores. Lutas semelhantes explodem em diferentes partes do planeta e demonstram que é necessário retomar essa tradição que expressa o Primeiro de Maio e está presente hoje. A solidariedade internacional entre os trabalhadores é uma ferramenta para a própria luta, porque pode ser fundamental para derrotar a burguesia e arrancar conquistas. Por exemplo, na Europa, a unidade entre os trabalhadores do continente é uma necessidade para derrotar a União Europeia imperialista e os seus planos. E a vitória de uns ajuda o avanço dos trabalhadores de outros países em luta. Além disso, permite retomar e fazer avançar a consciência internacionalista da classe operária, que foi característica do surgimento do movimento operário.

A unidade nas lutas coloca outra questão profunda: no sistema capitalista, nenhuma conquista obtida com a luta é permanente. O sistema capitalista, em sua decadência e em busca do lucro, ataca para retirar e fazer retroceder as conquistas que concedeu em outros momentos. Assim aconteceu, por exemplo, com a jornada de 8 horas, a estabilidade de emprego, a idade de aposentadoria etc. Por isso, o capitalismo não pode ser mudado de forma gradual por meio de reformas. Essas reformas progressivas quase não existem hoje, mas se a burguesia as concede como consequência das lutas, amanhã mesmo vai atacar para eliminá-las. A conclusão é que é necessário mudar o sistema, superá-lo pela ação revolucionária, isto é, conquistar a emancipação dos trabalhadores.

“A emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores”
Em um dos seus textos mais importantes dirigidos à classe operária, o Manifesto Comunista, Karl Marx e Friedrich Engels terminam com uma consigna que é, ao mesmo tempo, toda uma definição política: “A emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores”.

Com ela, queriam expressar que somente a classe operária seria capaz de levar até o final a luta contra o capitalismo e pela sua destruição, imprescindível para conduzir até o fim a luta pela emancipação da exploração e da opressão. E que, nessa luta, deveria ser autodeterminada, totalmente independente de qualquer variante política da burguesia, que sempre procuraria levar a classe operária a “reboque” de suas posições. O Primeiro de Maio como jornada de luta operária e socialista está profundamente imbuído desse caráter.

Nos últimos anos, essa proposta foi duramente questionada pela grande maioria da esquerda mundial, que abandonou a luta pela revolução socialista e pela emancipação da classe operária que, com diferentes sistemas teóricos e políticos, defendia em décadas anteriores. Um setor limita-se a postular a “humanização” do capitalismo e, para isso, a necessidade de se integrar plenamente nas instituições burguesas e nos seus governos. Outros afirmam que a saída é a proposta pelos setores burgueses populistas de esquerda, como Chávez na Venezuela, que saiu em defesa das sanguinárias ditaduras de Kadafi na Líbia e Assad na Síria.

A proposta da LIT-QI

De parte da LIT-QI, reivindicamos a fundo a consigna do Manifesto Comunista e afirmamos que ela está mais atual que nunca. Dizemos isso em um duplo sentido.

Em primeiro lugar, a classe operária está cada vez mais presente nas lutas, como mostram a resistência contra os ajustes na Europa e nos EUA, os processos revolucionários no mundo árabe, ou as greves contra a inflação e os “tarifazos” na América Latina. E, com sua luta, pode encabeçar uma aliança com os outros setores oprimidos e explorados, como os camponeses pobres, as massas urbanas não operárias e as nacionalidades oprimidas.

Em segundo lugar, é necessário retomar o internacionalismo operário. Em terceiro lugar, para acabar com a exploração, a fome, a miséria e o risco de destruição a que o capitalismo imperialista submete o mundo, é necessário uma revolução liderada pela classe operária, primeiro passo para a construção do socialismo. Não há como “humanizar” ou “reformar” o capitalismo.

A “mãe de todas as tarefas”
Os trabalhadores e as massas continuam mostrando um grande heroísmo em suas lutas. Basta ver, por exemplo, a combatividade que hoje vemos no mundo árabe. Mas o capitalismo imperialista e as burguesias nacionais associadas não vão se render “mansa e educadamente” perante essas lutas. Pelo contrário, como um leão que lambe suas feridas, respondem com ferocidade e recuperam o terreno perdido.

A revolução árabe e as lutas na Europa e no resto do mundo nos mostram a necessidade urgente da construção de uma direção revolucionária internacional, capaz de impulsionar e unificar essas lutas e levá-las até o seu triunfo definitivo (a derrota completa do imperialismo).

Esta é a “mãe de todas as tarefas”, que propomos a todos os lutadores operários e populares do mundo. Para nós, ela se concretiza na reconstrução da IV Internacional e suas seções, os partidos revolucionários nacionais. É nessa tarefa que a LIT-QI concentra todos os seus esforços.

Afirmamos, ao mesmo tempo, que a construção de uma direção revolucionária mundial não pode ser levada a cabo sem combater permanentemente todas as direções frentepopulistas, populistas, fundamentalistas, reformistas, “socialistas burocráticas”, que tentam desviar a luta dos trabalhadores e das massas para becos sem saída. E também sem combater os que, com qualquer argumento, capitulam a estas direções.



Baseados nesta experiência, temos um claro critério para nos posicionar em todas as lutas: estamos com os explorados e oprimidos contra os exploradores e os opressores. Por isso, estamos com os trabalhadores, a juventude e os povos árabes contra os seus ditadores e burguesias; estamos com o povo líbio contra Kadafi e contra a intervenção imperialista; estamos com a resistência afegã pela derrota dos invasores imperialistas; com o povo palestino contra Israel; com o povo haitiano para que expulse os “capacetes azuis” da ONU e os marines ianques; apoiamos os trabalhadores europeus contra os seus governos e patrões; os imigrantes em sua luta para conquistar plenos direitos políticos, trabalhistas e sindicais; as mulheres, os jovens e os que têm orientações sexuais diferentes, contra a opressão, a discriminação e a perseguição que sofrem no capitalismo.

Viva a revolução árabe!

Viva a luta da juventude e dos trabalhadores europeus!

Viva o internacionalismo operário! Viva a luta dos trabalhadores e dos povos de todo o mundo!

Pela derrota do capitalismo imperialista!

Viva a Revolução Socialista Internacional!

Liga Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional (LIT-QI)
São Paulo, 1º de Maio de 2011

Surge na Argentina o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado Partido nasce com o mesmo nome do partido brasileiro, fundado em 1994

Do site do PSTU



Os delegados eleitos das organizações Frente Operária Socialista (FOS) e Corrente Operária Internacionalista (COI), provenientes de distintos estados e cidades do país, finalizaram no último domingo, 24 de abril, seus trabalhos, plenárias e as seções do Congresso de Unificação, a qual votou como principal resolução a fundação do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) da Argentina.

O Congresso de Fundação do PSTU recebeu adesões e saudações de organizações de diversos países, entre eles a Inglaterra, Espanha, Rússia, Ucrânia, Colômbia, Chile, Peru, Brasil, Uruguai, Bélgica, e proclamou também sua adesão a Liga Internacional dos Trabalhadores (LIT-QI). Para o PSTU é impossível defender os direitos dos trabalhadores e o povo de nosso país, sem unir-se com as lutas e reivindicações dos trabalhadores do mundo.



Novo partido integrará Frente de Esquerda nas eleições
O PSTU argentino nasce para lutar pela independência política dos trabalhadores, o triunfo de suas lutas, o avanço para uma saída operária e popular, a conquista da independência da Argentina e o socialismo. Além disso, apresentará candidatos na Frente de Esquerda integrada pelo Partido Operário (PO), o Partido dos Trabalhadores Socialistas (PTS), Esquerda Socialista (IS) e outras forças, numa frente de oposição contra a política do governo Cristina Kirchner, que propõe o apoio as lutas operárias, aumentos salariais, a estatização do petróleo, o fim do pagamento da dívida externa e outras medidas.

Segundo Eduardo Barragán, um de seus principais dirigentes, o PSTU mobilizará “ao ato do Primeiro de Maio convocado pela Frente de Esquerda nesta capital [Buenos Aires], para comemorar o dia Internacional dos Trabalhadores”. Para Barragán, “o Congresso do PSTU é um avanço na unidade e a construção de uma força socialista e revolucionária em nosso país, que contribuirá com militância e candidatos a unidade conquistada no terreno eleitoral pela Frente de Esquerda”.

Tradução: Felix Mann

sexta-feira, 29 de abril de 2011

CLÁUDIA DURANS JÁ É CANDIDATA A REITORA DA UFMA




Natalino Salgado, atualmente Reitor da Universidade Federal do Maranhão-UFMA, foi o primeiro a se inscrever para a próxima eleição que escolherá o seu sucessor. Até as 17 horas de hoje ele era único inscrito. Era, pois a Professora e Doutora em Serviço Social Cláudia Durans acaba de registrar seu nome. O mote de seu programa é: AUSTERIDADE, AUTONOMIA E DEMOCRACIA. Para a Doutora Cláudia são estes os pilares capazes de transformar a UFMA para um encontro com os anseios interno dos servidores, professores e estudantes e também com os anseios externos, neste caso inclui-se a maioria da população não assistida pelas produção acadêmicas, já que os grandes grupos empresariais são os que cada vez mais se apropriam dos conhecimentos gerado nesta instituição para servir ao mercado, ou seja a seus lucros.

“O PROFESSOR É MEU AMIGO, MEXEU COM ELE, MEXEU COMIGO”


As organizações dos movimentos popular, sindical e estudantil levantaram as bandeiras de luta da CSP-Conlutas contra os ataques que vêm sendo anunciados pelo governo Dilma. Paralisações nas fábricas, manifestações, passeatas e travamento de avenidas marcaram o 28 de abril, uma Jornada de Mobilizações em data em todo país. Esta Jornada demonstrou a força dos trabalhadores com protestos e mobilizações em diversos estados do país. O dia mundial em memória às vítimas de acidentes e doenças do trabalho também foi incorporado ao dia de mobilização por melhores condições de trabalho.
Aqui no maranhão há muito tempo os trabalhadores não se mobilizavam sem as amarras da Central Governista e pelega, a CUT que no passado era chamada de Central Única dos Trabalhadores e hoje Central Única dos Traidores.
Diversas categorias se fizeram presentes como as seções sindicais dos IFMAS (antigos CEFETES) Maracanã, Monte Castelo, Centro Histórico e Zé Doca. Também estiveram presentes servidores públicos do Judiciário, representados pelo SINTRAJUFE, IBGE pela sua Associação Nacional, UFMA, pela APRUMA, bancários pelo Sindicato dos Bancários, Quilombo Urbano e os estudantes através da ANEL – Assembléia Nacional dos Estudantes Livres.



Estes setores além de protestarem contra o Governo Dilma, disseram um não bem grande para o governo de Roseana e também denunciou os descasos da administração do experiente em ineficiência administrativa João Castelo. No caso do governo Roseana, em particular, fizeram um marcha em solidariedade aos professores que estão há 60 dias de greve. A marcha saiu da Praça Deodoro rumo a Secretaria de Educação, hoje ocupada pelos professores. Uma palavra de ordem que ecoou bastante foi: “O PROFESSOR É MEU AMIGO, MEXEU COM ELE, MEXEU COMIGO”. Outro mote destes setores em luta foi o chamado a população pelo “FORA HONORÁVEIS BANDIDOS”, referindo-se a uma gangue que governa este estado há mais de 40 anos.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

JOÃO ALBERTO, A RAPOSA E O GALINHEIRO




Para aqueles que acharam um absurdo a nomeção de Tirica como membro da Comissão de Educação da Camara Federal, o que vão dizer da nomeação de João Alberto para Pesidente do Conselho de Ética do SENADO. O objetivo deste conselho é o de julgar a ética e o decoro dos senadores. Ou seja, a comissão de ética do senado, com João Alberto na Presidencia, vai cumpri o seu papel essencial:blindar os seus comparsas.

Outras figuras envolvidas em denuncias de coorupção e nunca julgadas pelo senado farão parte deste conselho. Renan Calheiros,Romério Jucá e Edinho Lobão,ou seja João Alberto agora terá que "se virar nos trinta".

quarta-feira, 27 de abril de 2011

OCUPAÇÃO NA SEDUC CONTINUA. GOVERNO JÁ ACEITA RETIRAR AS FALTAS E DEVOLVER PROFESSORES PARA LOCAL DE ORIGEM


Cansado do blá blá do governo e sua mídia e dos deputados os professores estão mantendo a ocupação no prédio da SEDUC do Monte Castelo. O governo baixou a bola e já admite que os grevistas não se renderam e nem engoliram o teatro realizado pela justiça. Ainal de contas nem tudo que é legal é legitimo .

Neste momento acontece um reunião com o governo e seus assessores. Enquanto os professores em vigília realizam um sarau com poesias e músicas.

Acaba de chegar a comissão que reuniu com o governo e informa que o governo recuou e admite retirar as faltas e retornar os professores para os seus locais de origem.

PROFESSORES OCUPAM SEDUC

Acabo de chegar da ocupação que os professores realizam na SEDUC no bairro do Monte Castelo. Um grupo de professores decidiu permanecer enquanto aguardam a chegada de mais professores no raiar do dia. Só vim em casa recarregar as energias e logo retornarei. Dentro da SEDUC tem aproximadamente 10 policiais e na rua ao lado dois camburões que ficam constantemente rondando a frente do prédio.

Como produto desta ocupação o vice-governador agendou uma reunião com o comando de greve. Pode ser mais uma tentativa de desmobilização, mas a comissão dos professores irá até o palácio descascar a macacheira do governo. Passarei a noite junto com os professores e pela manhã atualizarei esta nota.

P.S. Como prometido estou atualizando esta informação. São 09:46 e sair do local do acampamento por voltas das oito horas e os professores ainda continuam acampados na porta de SEDUC. HOJE ÀS NOVE DA MANHÃ FICOU AGENDADA UMA REUNIÃO COM O VICE-GOVERNADOR MACAXEIRA. Os professore irão pra esta reunião, apesar de saberem que desta macaxeira não sai farinha.

terça-feira, 26 de abril de 2011

O HOJE É APENAS UM FURO NO FUTURO POR ONDE O PASSADO COMEÇA A JORRAR


Capa do CD

O encontro de Raul Seixas com Marcelo Nova - ex-integrante da Banda Camisa de Vênus - acontece num momento de decadência de sua vida. As músicas do último trabalho de Raul, intitulado PANELA DO DIABO, refletem muito bem este momento. Por outro lado, é um momento muito rico de criação dos dois. Em tempos de incerteza, na década de oitenta, e na atualidade eles produziram banquete de lixo. Acima de tudo tem uma passagem que conceitua muito bem a palavra dialética. Outra do mesmo CD e que vai na mesma linha de incertezas chama-se "Século XXI". Deleite-se com estas duas pérolas.

Banquete de Lixo
Raul Seixas
Composição : Raul Seixas e Marcelo Nova


Às 3 horas da manhã na cidade tão estranha
Um palhaço teve a manha de um banquete apresentar
E era um latão de lixo transbordando em Nova Iorque catchup e caviar
E eu dormindo embriagado, um par de coxas do meu lado
E eu sem saber se devia ou não tocar
Se era estrangeira, mãe, esposa ou outra besteira
Que eu inventei de aprontar

O hoje é apenas um furo no futuro
Por onde o passado começa a jorrar
E eu aqui isolado onde nada é perdoado
Vi o fim chamando o princípio pra poderem se encontrar


Fui levado na marra, pois enfermeiro quando agarra
É que nem ordem de prisão
A ambulância me esperava, e aí o que rolava, internamento einjeção
E lá em Serra Pelada, ouro no meio do nada
Dor de barriga desgraçada resolveu me atacar
O show estava começando e eu no escuro me apertando
E autografando sem parar

REFRÃO

Muitas mulheres eu amei e com tantas me casei
Mas agora é Raul Seixas que Raul vai encarar
Nem todo bem que conquistei, nem todo mal que eu causei
Me dão direito de poder lhe ensinar
Meu amigo Marceleza já me disse com certeza
Não sou nenhuma ficção
E é assim torto de verdade com amor e com maldade
Um abraço e até outra vez



Século XXI
Raul Seixas
Composição : Raul Seixas e Marcelo Nova


Há muitos anos você anda em círculos
Já não lembra de onde foi que partiu
Tantos desejos soprados pelo vento
Se espatifaram quando o vento sumiu
Você vendeu sua alma ao acaso
Que por descaso tava ali de bobeira
E em troca recebeu os pedaços
Cacos de vida de uma vida inteira
Se você correu, correu, correu tanto
E não chegou a lugar nenhum
Baby oh Baby bem vinda ao Século XXI

Você cruzou todas as fronteiras
Não soube mais de que lado ficou
E ainda tenta e ainda procura
Por um tempo que faz tempo passou
Agora é noite na sua existência
Cuja essência perdeu o lugar
Talvez esteja aí pelos cantos
Mas está escuro pra poder encontrar
Se você correu, correu, correu tanto
E não chegou a lugar nenhum
Baby oh Baby bem vinda ao Século XXI

Fortaleza: operários em greve mostram disposição e avançam na organização

Por Cipriano Silva, de Fortaleza (CE)




• Há uma semana começou a greve da construção civil de Fortaleza. A parada para a Semana Santa era uma aposta da patronal para esfriar a greve. O que eles não esperavam era uma segunda-feira com força total como foi a desse dia 24. Canteiros da periferia, beira-mar e centro tiveram obras paralisadas pelos operários, que se deslocaram para a Praça Portugal, local onde ocorrem as assembleias.

Nem a campanha mentirosa do sindicato dos patrões de querer passar sua vontade como decisão judicial funcionou. Os trabalhadores foram bombardeados durante todo fim de semana com a notícia de que a Justiça tinha decretado a greve abusiva e ilegal. Na dúvida, os trabalhadores voltaram aos canteiros nessa segunda para saber a posição do sindicato. A notícia que a greve continua espalhou-se como rastilho de pólvora e ganhou os quatro cantos da cidade.

Surge comando de greve pela base
Muitos ativistas honestos pensam que o que divide os revolucionários dos reformistas e pelegos é a quantidade de greves que se faz. Esse critério não demonstra bem as diferenças de concepção e estratégia a fundo. A história tem diversos exemplos de sindicatos dirigidos por reformistas e que fizeram muita luta. Até mesmo os pelegos lutam para manter seus privilégios e postos.

Porém, a cláusula pétrea da democracia operária é um divisor de água. O princípio de que a base decide e que ela deve conduzir sua própria luta é um grande ensinamento do marxismo revolucionário. Não é à toa que, para o velho Marx, a libertação dos trabalhadores será protagonizada pelos próprios trabalhadores. Para nós revolucionários a democracia operária se confunde com a estratégia socialista.

Nesse sentido, a greve de Fortaleza nos deu um grande exemplo. Hoje se formou o comando de greve pela base. Durante todo o processo de luta, será esse comando que debaterá e apontará encaminhamentos para conduzir o dia-dia da luta. O comando é formado por operários de diversas gerações, experientes ou não, mas que nessa greve estão sendo a ponta da lança.

Enquanto em Jirau, Pecém e Suape, os trabalhadores se enfrentaram com as direções burocráticas, em Fortaleza a base encontrou uma direção revolucionária que sabe que sem sua participação a greve não pode ser vitoriosa.

ADOTE UM BURACO DE CASTELO



Acabei de ler nos Blog do Itevaldo um texto intitulado "DE OLHO NA AÇÃO PARLAMENTAR" que fala da existência de ferramentas de controle da atvidades parlamentar nos três entes da federação: Federal, Estadual e Municipal.O texto apresenta um SITE criado por um Instituto denominado ÁGORA que tem como objetivo incentivar os eleitores a adotarem um Vereador e fazer um acompanhamento de sua Ação Parlamentar. Acho a idéia interessante, mas acho que, pelo menos a médio prazo, não surtirá o efeito desejado:fazer com que o parlamentar exerça com "competência" o seu mandato. Acredito que a maioria dos parlamentares que aí estão exercem com competência os seus mandatos, pois eles irão cumprir com altivez os interesses dos banqueiros, latifundiários e industriais. Ou seja, para maioria do povo eles podem ser incompetentes, mas para aqueles que financiaram suas campanhas eles estão corretíssimos.


Buraco do Barão Rio Branco

Independente se vai atingir ou não o seu efeito a idéia me fez pensar em uma outra mais imediata, que talvez seja tão inócua quanto a original. O que seria? Considerando a enormidade de buracos espalhados na cidade lanço a proposta para cada usuário de Blog, Twiter, facebook, enfim qualquer ferramenta das tais "redes sociais", fotografarem e nominarem um buraco desta cidade e acompanharem quanto tempo ele permanecerá existindo. Com isto estaremos mostrando a nossa indignação com a desastrosa e experiente administração de JOÃO CASTELO, além de estarmos denunciando o descaso com a nossa cidade. Na parte da manhã de hoje estarei fotografando um que existe na Rua Rio Branco, próximo da minha moradia e vou denominá-lo de Buraco do Barão Rio Branco". Aguarde.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A repressão e a criminalização da greve de Fortaleza

Cipriano Silva, de Fortaleza, para o portal do PSTU






• Em tempos de paz, da vida cotidiana, em geral a maioria dos trabalhadores não percebe o real caráter de instituições como governo, polícia, judiciário e mídia. Mas nada como um evento da luta de classes, como uma greve, para desmascarar instituições aos olhos dos trabalhadores.

Uma greve que pára uma importante capital como Fortaleza e coloca a classe operária em movimento ajuda os trabalhadores, se não todos, pelo menos os que estão na vanguarda da luta, a perceber como a sociedade é dividida. A divisão da sociedade em classes é aprendido não pelos livros, mas pela experiência do dia-dia, em uma luta como esta.

Além da força da nossa classe, a greve vem mostrando o quanto podem ser reacionárias a polícia, a mídia e os governos de plantão. E como estes mesmos se voltam contra aqueles cujo direito de pensar, de ser livre e de ser feliz é negado todos os dias.

“Por que a polícia não vai prender bandido?” pergunta um operário, ao ver a Tropa de Choque do governador cercar a Praça onde seria realizada a assembléia. Um trabalhador da obra do estádio Presidente Vargas confidenciou: “A guarda municipal está dormindo aqui dentro. Quando chegamos para trabalhar eles já estão aqui”. Essa é uma importante lição. A polícia serve para proteger a propriedade privada e o lucro dos patrões.

A polícia e a guarda municipal cumprem ordens respectivamente do governador Cid Gomes
(PSB) e da prefeita Luizianne Lins (PT). O governador, nas últimas eleições, recebeu R$ 800 mil da Camargo Correia, R$ 300 mil da Engexata. Luizianne Lins, por sua vez, usou na eleição de 2008 a mansão da construtora Fujita na Praça Portugal como comitê de campanha. Por ironia, a mesma mansão hoje serve de Quartel General da Tropa de Choque de Cid e Luizianne para monitorar as assembléias da categoria.

Em apenas 3 dias de greve, a Justiça já se manifestou a favor dos patrões. Uma liminar garante que os piquetes de greve estejam a 200 metros dos canteiros de obras. Essa mesma Justiça que é cega para os trabalhadores, pois não enxerga os atrasos de pagamentos, o assédio nas obras e todo tipo de desrespeito com a saúde do trabalhador.

Entretanto a experiência mais fantástica dos trabalhadores tem sido com a mídia burguesa. Essa instituição que se comporta como paladino da sociedade civil e acima de qualquer interesse de classe, tem caído em descrédito perante os operários. A cada matéria dos jornais, telejornais ou programas de rádio que caracterizam as manifestações como baderna e os trabalhadores como bandidos, a indignação cresce. A coisa chegou a um ponto de trabalhadores impedirem as empresas de comunicação de filmarem as passeatas e assembléias.

O lema da campanha salarial dos trabalhadores da construção civil já diz muita coisa: contra a ditadura dos patrões! Uma das grandes vitórias dessa greve pode ser a conscientização de uma parte da categoria de que as instituições nessa sociedade em que vivemos precisam ser descritas de acordo com seus donos: democracia dos ricos, mídia dos ricos, polícia dos ricos, justiça dos ricos....

domingo, 24 de abril de 2011

28 DE ABRIL:FORA HONORÁVEIS BANDIDOS


No dia 28 de abril os trabalhadores do país vão as ruas protestar contra as políticas do governo Federal, Estadual e Municipal. Em cada estado e cidade os trabalhadores escolherão aqueles que representam os interesses do capital e que aplicam as suas políticas contra os seus interesses. O governo de Roseana Sarney e de João Castelo serão duramente criticados neste ato. O de Roseana, com já era esperado, é um desastre. A educação que já era um caos se aprofunda com os ataques aos direitos dos trabalhadores da educação, além das mortes no setor da saúde. No âmbito local Castelo torna difícil as nossas vidas com transporte de péssima qualidade, ruas cheias de buracos, etc. Abaixo publico um texto extraído do blog do PSTU que também estará presente no ato:

Um dia de lutas...


Na quinta-feira, dia 28 de abril, será um grande dia de luta em todo Brasil. A data faz parte do calendário de mobilização tirado por diversas entidades do movimento sindical e popular do país, incluindo a CSP Conlutas contra os ataques do Governo Dilma.

Primeiro foi a aprovação do salário mínimo de fome de apenas R$545, depois foi o anúncio do maior corte orçamentário da história do país, no total de 50 bilhões, atingindo principalmente as áreas sociais e agora é a ameaça de ataques a direitos trabalhistas como a aposentadoria.


Fora Roseana Sarney agora nas ruas...


No Maranhão, motivos também não faltam para sairmos à luta. A greve dos trabalhadores da educação que já completou 50 dias continua firme em busca de suas reivindicações. O caos está instalado nos principais serviços públicos do Estado como a saúde e a segurança pública e enquanto isso vários escândalos estouram dentro do Governo Roseana.

Em março, o PSTU convocou um protesto na internet (twittaço) que colocou a campanha pelo Fora Roseana Sarney no topo dos assuntos mais comentados, ganhando o apoio e a solidariedade de todos os cantos do país. Agora é hora de levar nossas bandeiras para as ruas neste dia 28 de abril de 2011, assim como já fizeram os trabalhadores em 1951 contra o governo Vitorino Freire e a juventude em 1979 durante o Governo Castelo pelo direito à meia passagem.

Vamos unificar todas as mobilizações salariais do funcionalismo com as reivindicações do movimento popular por transporte, saneamento básico e saúde em um mesmo dia de luta para derrotar os ataques do Governo Dilma e Roseana e das prefeituras.


Não esqueçamos de João Castelo...


Em São Luís, é hora de dar uma resposta à Castelo (PSDB), eleito com fama de bom administrador e tocador de grandes obras, o tucano até agora tem sua administração marcada pela arrogância com o funcionalismo (como na greve dos professores no ano de 2010) e a omissão nos principais problemas da cidade como o transporte público, o trânsito e as vias intrafegáveis.



Estas serão nossas bandeiras no dia 28 de abril:


- Redução e congelamento dos preços;
- Aumento geral dos salários e das aposentadorias;
- Direitos sociais e trabalhistas;
- Valorização dos serviços e dos servidores públicos;
- Transporte público, de qualidade e não aumento das tarifas;
- Moradia digna para os trabalhadores;
- Não ao pagamento da dívida pública;
- Fora Roseana Sarney!
- Fora Honoráveis Bandidos!
- Unidos somos fortes!

sexta-feira, 22 de abril de 2011



Domingo, dia 17 de abril, data que antecedeu meu aniversário alguns amigos compareceram para uma feijoada, entre estes, meu amigo Luiz Lima. . Nasceu em São Luís,e cresceu "em Salvador, vivenciando e aprendendo noções básicas de violão com o compositor João Só, seu tio, autor da clássica "Menina da Ladeira". Depois foi viver uma boa temporada no Rio de Janeiro. Lá aprimorou sua veia poética e musical. Hoje já se encontra com dois CD!s gravados. O primeiro se chama PALAVRANDO e o mais recente é o EXPRESSO DE LETRAS. Luiz é mais um desta nova safra de poetas e bons compositores maranhenses pouco conhecido pelos seus conterrâneos. Se você deseja saber mais sobre o mesmo vá até seu site http://www.luislima.com.br. Abaixo publico uma letra sua e de sua companheira Luzenice Macedo interpretada por ele em parceria com a excelente cantora Didã:


dias de joão
(luis lima/luzenice macedo 2007)

seu gonçalves venho lhe pedir um favor (bis)
me diz como faz pra brotar outro pé no vale
se pé não dá pé pedir vale à pena
seu gonçalves venho lhe pedir um favor

nesses dias difíceis não há um joão que resista
então passe a revista por todo o batalhão
que a lágrima reza a novena
e a seca castiga o sertão

é que eu já sabia que sabiá ia cantar
o fio da navalha já se perdeu do barbeiro
e a velha mortalha deu seu adeus fevereiro

é que eu já sabia que sabiá ia cantar
sinhazinha deixou os seus cordéis no varal
o vento levou as rimas pras bandas de lá
cuidado com o rastro na roça
que carcará vem pegar

quarta-feira, 20 de abril de 2011

CONTINUIDADE DA GREVE DOS PROFESSORES É REAFIRMADA E O GOVERNO RECUA



Ontem foi realizada mais uma assembleia dos professores do Estado do Maranhão. O clima era de apreensão em razão do terror instalado nas escolas e a ameaça de devolução de grevistas e dos descontos dos dias parados. Porém, a indignação e a disposição para prosseguir na luta superaram o medo. A continuidade da greve foi aprovada por unanimidade. Os militantes da CSP- CONLUTAS, MRP e da própria direção do SINPROESEMMA reafirmaram que, apesar da “guerra desigual”, a única forma de dobrar o governo será nas ruas. A CSP- CONLUTAS e o MRP salientaram que a unidade da categoria deve ser mantida e fortalecida até o final, mas que essa iniciativa deveria ser tomada pela direção do SIMPROESEMMA desde o inicio da greve, bem como a radicalização que ganhou o movimento nos últimos dias. A vitória com a aprovação da lei do piso no STF e eminência da queda de Olga Simão da secretaria de educação contribuiu para reoxigenar a categoria. Há também uma grande expectativa em torno do dia 28, dia de paralização nacional contra os ataques de Dilma aos trabalhadores que no Maranhão se transformará também num dia de luta pelo “Fora Sarney”.


Logo após a assembleia, os professores saíram em caminhada até a SEEDUC onde foram recebidos pelo subsecretário Fernando Silva. Encurralado, o mesmo ligou para Olga Simão que se encontrava em Brasília em reunião com ministro da educação Fernando Haddad. Diante da surpresa da continuidade da greve, a secretária sentiu-se obrigada a agendar uma reunião com a categoria para a próxima terça-feira. Comprometeu-se ainda em rever os corte de ponto e relocação dos professores devolvidos para as suas escolas de origem.

Paralelo a esse acontecimento, os professores do município de Codó, que haviam retornado compulsoriamente às escolas, resolveram paralisar novamente as aulas e realizar um ato naquela cidade. Um professor representante da regional de Imperatriz informou que a categoria daquela cidade está com suas aulas paralisadas em torno de 90% e que esperavam ansiosos a decisão da regional de São Luís. Uma concentração está maraca para próxima segunda-feira (25/04) em frente à biblioteca pública as 7:00 h da manhã para realizar blitz em algumas escolas e na seqüência uma caminhada em direção ao Palácio dos Leões. A categoria está consciente de que somente radicalizando as ações do movimento a vitória será possível. Agora é o governo que está acuado pela lei do piso e pelo grande ato “FORA HONORAVEIS BANDIDOS” que acontecerá no dia 28 de abril. Mais do que nunca nossa vitória será uma questão de tempo e de mobilização da categoria.

PARABÉNS BRAVA E RESISTENTE COMPANHEIRADA!

Dirigentes do PSTU são recebidos pelo Planalto e exigem fim da criminalização de militantes

Da redação do site do PSTU

• Na tarde desse dia 19 de abril uma comissão de dirigentes do PSTU foi recebida pelo secretário adjunto da Secretaria Geral da Presidência, Swedenberger do Nascimento Barbosa, e pelo próprio ministro Gilberto Carvalho. Na pauta da audiência, a prisão dos 13 ativistas durante uma manifestação contra a vinda de Obama ao Brasil, em 18 de março. Os 13 manifestantes, sendo nove do PSTU e incluindo uma senhora de 69 anos, foram detidos por 72 horas e agora responderão pelos crimes de lesão corporal, dano ao patrimônio e tentativa de incêndio, correndo o risco de serem enquadrados na famigerada Lei de Segurança Nacional, da época da ditadura militar.

Representaram o PSTU o dirigente nacional do partido, José Maria de Almeida, o Zé Maria, o dirigente do Rio, Cyro Garcia e o advogado José Eduardo Braunschweiger, o Zeca, que, além de fazer parte da direção regional, foi um dos presos políticos. O deputado federal pelo PSOL, Chico Alencar, também acompanhou a reunião. A comissão denunciou a situação dos detidos, assim como a disposição da Justiça e do governo do Rio em seguir na criminalização dos ativistas. Gilberto Carvalho negou que houvesse uma orientação do governo federal para a prisão dos ativistas. O ministro se comprometeu a analisar medidas em relação ao caso e encaminhar novas audiências, desta vez com o ministro da Justiça e a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, para analisar encaminhamentos a partir de Brasília.

Além da questão dos presos do Rio, Zé Maria também denunciou a situação do dirigente do MTL em Minas, João Batista, condenado a cinco anos de prisão. O ministro e seu secretário se comprometeram a analisar a situação dele também. “A reunião foi positiva, mas o mais importante é continuar a pressão, divulgar o abaixo-assinado contra a criminalização dos movimentos sociais e manter a campanha até

terça-feira, 19 de abril de 2011

Fortaleza: Operários da construção civil entram em greve e transformam praça da cidade na Praça Tahir




05h30 da manhã. Diretores sindicais, apoiadores, ativistas e a militância do PSTU se concentram no sindicato da construção civil para se dirigir aos canteiros de obras para iniciar a greve.Em muitas obras as empresas nem deixaram os trabalhadores entrar. Porém em muitas outras os patrões insistiram em manter funcionando. Já às 7h, inúmeros piquetes se formavam e começavam a ganhar as ruas de Fortaleza. Nem a forte chuva espantou a disposição de luta dos trabalhadores. Os piquetes têm como objetivo convencer os trabalhadores nos locais onde as obras não pararam, e em seguida cada piquete se transforma numa passeata.Todos os piquetes, essas mini-passeatas, tinham como objetivo chegar a Praça Portugal, localizada no coração da Aldeota, bairro nobre da cidade. Antes das 10h vários piquetes se encontraram rumo a Aldeota e formaram uma grande passeata, já com mais de 1000 trabalhadores.



Na Praça, mais operários chegaram de canteiros distantes vindos de ônibus e mais chegaram de outros piquetes. Segundo Laércio, diretor do sindicato e militante do PSTU, mais de 3 mil trabalhadores participaram dos piquetes hoje. “Isso aqui tá parecendo a Praça Tahir”Ao iniciar a Assembléia em cima de um mini trio, Gonçalves, diretor e militante do PSTU, disse: “Companheiros, todos vocês viram na TV as revoluções no norte da África. No Egito o símbolo foi a Praça Tahir. Foi lá que os trabalhadores e a juventude resistiram à ditadura até ela cair. Isso aqui tá parecendo a Praça Tahir”. As palmas ao término da fala eram a demonstração da conscientização dos trabalhadores. A assembléia votou seguir a greve. Amanhã tem mais!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

PROTESTOS CONTRA CAOS NO TRANSPORTE PUBLICO DE SÃO LUIS


Do SITE da regional do PSTU-MA

Na sexta-feira (15) ocorreu mais uma manifestação de protesto contra o péssimo serviço de transporte público praticado na capital maranhense. Por volta das 18 horas vários usuários reclamavam da demora da linha Terminal BR-135 no Terminal de Integração do bairro da Cohama e exigiam aumento da frota de ônibus na cidade.

A Guarda Municipal e a Polícia Militar foi chamada para conter os manifestantes e reprimiu com violência disparando vários tiros, agressões verbais e prendendo um trabalhador. Cerca de 200 pessoas revoltadas com a prisão quebraram quatro veículos e exigiam a liberação do manifestante. A manifestação só terminou por volta das 20 horas com a liberação do trabalhador e a chegada de três ônibus da linha.

Manifestações como essas tem se tornado frequentes em toda a ilha contra o caos que está instalado no transporte público. A redução da frota junto com os problemas do trânsito tem tornado a vida de quem precisa do transporte público um tormento: Longas esperas nas paradas e ônibus superlotados.

Quem usa transporte coletivo percebe que pagamos passagem muito cara, sabe a dificuldade de se locomover nos horários de pico, sabe que os abrigos nas paradas são insuficientes e na maior dos casos não protegem nada e sabe a dificuldade de voltar para casa depois das dez horas da noite, por exemplo. Os terminais de integração, embora viabilizem o pagamento de apenas uma passagem, em muitos casos aumentam o tempo de viagem e, provavelmente, ficam com uma superlotação que poderia ser evitada.

Por outro lado, há bastante tempo em nossa cidade, os donos de ônibus sempre colaboraram nas campanhas dos prefeitos e suas bases de apoio. O atual secretário de Transporte de São Luís, Clodomir Paz é do PDT, o partido que se beneficiou por 20 anos do esquema das empresas de transporte e Castelo se elegeu neste mesma estratégia.

O chamado “direito de ir e vir” é um dos fundamentais e se choca com a ganância por lucro dos empresários. Faz-se necessária uma atuação a partir da perspectiva dos trabalhadores e da juventude.

O PSTU defende:

- Estatização do transporte público e criação da empresa municipal de transportes coletivos (CMTC), sob controle dos trabalhadores e usuários.

- Garantia de transporte para pessoas portadoras de necessidades especiais;

- Fim das superlotações – garantia de quantidade máxima de passageiros nos coletivos;

- Passagens a preço de custo e passe livre para estudantes, idosos e desempregados;

- Realização de estudos e debates nos bairros no sentido de melhorar a integração das linhas de ônibus e estabelecer alternativas para melhoria do fluxo de veículos.

Com informações do Jornal Pequeno.

sábado, 16 de abril de 2011

A CANETA DE SANGUE DE ROSENA SARNEY E O SANGUE DE LUTA DOS PROFESSORES





Hertz Dias, graduado em História, mestre em educação e militante da CSP Conlutas-MA.

Gramsci e tantos outros “intelectuais militantes” diziam que a dominação de classe no capitalismo se dá por consenso/convencimento ou por coerção/repressão.Quando a primeira alternativa falha, entra em cena a segunda. Os métodos utilizados pela governadora Roseana Sarney e sua Secretária de Educação Olga Simão contra os professores em greve no Estado do Maranhão confirmam essa máxima marxista. Eu mesmo tive oportunidade de participar de uma reunião na escola em que leciono com a então recém-empossada secretária de Educação. A leveza na fala e a atenção dispensada às angústias e denúncias dos professores impressionavam. Para alguns desavisados a postura dessa senhora era digna de auréolas. Pura impressão! Bastou iniciar a greve para a essência se sobrepor à aparência. O governo Roseana (PMDB/PT) resgatara sua fisionomiamais draconiana. Em primeiro lugar, assistimos a uma avalanche de notas distorcidas na imprensa que colocava os professores em condição de mercenários. Diziam que recebíamos o melhor salário do Brasil e que queríamos prejudicar os estudantes. Para isso, comparavam o salário de professores com nível superior e mais de 20 anos de sofrida docência no Estado do Maranhão com companheiros com nível médio em início de carreira em outros estados. A oligarquia Sarney usava a TV Mirante como “escudo” da juventude pobre do Maranhão e perguntava: a quem interessa essa greve? Mas,o pé do governo sangrou, o tiro saiu pela culatra e atingiu seu calcanhar de Aquiles. Erraram por atacar o conjunto da categoria, grevistas e não grevistas; assanharam a categoria, as escolas foram silenciadas e o movimento ensurdeceu as ruas. A tática do convencimento de Roseana mostrava seus limites e debilidades; a “caneta” precisava sangrar em favor da repressão.




A primeira canetada de Roseana Sarney foi para financiar entidades estudantis que emergiam do submundo das escolas para tentar atacar moral e fisicamente professores. O subserviente deputado Roberto Costa (PMDB) aparece em fotos junto com “estudantes” em manifestação contra a greve em frente à sede do sindicato. Ao seu lado, um carro de placa branca do governo do Estado “alimentava” os jovens com panfletos, água e lanches. Houve tentativa de invasão da sede do sindicato. A segunda canetada repressiva do governo partiu do judiciário. Só para lembrar Gramsci, é na esfera político-jurídica que se encontra o “punho de aço” do Estado. Ou seja, é onde se concentra a repressão. O desembargador Marcelo Carvalho Filho julgava a greve ilegal, com base em argumentos pra lá de inescrupulusos. Engana-se quem pensa que esse senhor tomou uma decisão judicialmente equivocada. Pelo contrário, a decisão foi política. Considerar que greve na educação coloca a vida dos indivíduos em risco de morte enquadrando-a na Lei 7.783/89 é um ato que, se vivêssemos de fato numa democracia, seria suficiente para arrancar a toga e cassar o diploma desse senhor. Mas, como já afirmamos, essa foi uma decisão politicamente correta no universo de injustiças que sustenta o grupo Sarney. O mesmo ato judicialmente insano foi praticado no STF pelo ministro Ricardo Lewandowski, que negou prosseguimento ao pedido do sindicato. Uma grave demonstração de que as garras do grupo Sarney estão fincadas no conjunto das instituições do Estado brasileiro e não apenas do Maranhão. Aqueles educadores que alimentavam ilusões no judiciário e na democracia burguesa foram obrigados a rever suas posições. Com tanto descalabro, o sangue da categoria ferveu e o pulso bateu mais forte. Roseana Sarney apostava suas fichas no STF, mas a categoria apostou nas mobilizações.

A continuidade da greve foi ratificada em assembléia no dia 07 de abril com cerca de 3 mil professores. O governo de Roseana entrava em um frenético desespero. No dia seguinte (sexta-feira) realizaram uma reunião com a susserania do governo e no sábado com dezenas de diretores de escolas. O governo exigia dos seus vassalos fidelidade plena. Uma onda de terror tomou conta da educação pública do Maranhão. Eram telefonemas e mais telefonemas aos professores. Especialmente aos contratados e recém-nomeados, ameaçando-os de devolução ou mesmo de demissão, conforme ocorreu no município de Barra do Corda. Uma “força tarefa” nunca vista na educação do Maranhão foi montada em caráter de urgência pelo governo. A maioria das escolas foi ocupada por técnicos da SEEDUC (Secretaria de Educação) para desempenhar uma função não prevista na LDB, a de capataz de governo. O estado de exceção foi instalado. Grevistas estão sendo tratados com quadrilheiros, alunos como detentos e as escolas como presídios. Correntes e cadeados novos impedem alunos de sair e professores grevistas de entrar nesses recintos públicos. Muitos professores estão acuados, outros aterrorizados, alguns foram internados com crise de nervos. Tudo isso deveria ser suficiente para a direção do SINPROESEMMA (CTB) excluir do Estatuto do Educador a famigerada Avaliação de Desempenho, sob pena de essa mesma avaliação tornar-se o último tijolo da muralha que tenta fazerda escola pública um feudo da oligarquia Sarney.



Ouço, como piada, diretores e os ditos “técnicos” dizerem que, por serem professores, são solidários à nossa luta, mas que, por outro lado, nada podem fazer a não ser cumprir as ordens “supremas”. Solidariedade seria entregar os cargos ou pelo menos se negarem a cumprir ordens punitivas contra colegas de profissão. Mas não! as escolas foram lacradas. Vários professores foram substituídos por outros que não aderiram à greve, numa clara tentativa de jogar a categoria contra a própria categoria. Infelizmente, entre os trabalhadores há aqueles que se submetem a situações humilhantes e indignas. Mas há aqueles, uma maioria absoluta, que trazem nas veias o sangue lutador. Continuam nas ruas, fazendo aquilo que podem, enfrentando diretores, jornalistas reacionários e as ameaças de exoneração. Até a principal BR do Maranhão foi bloqueada no intuito de desbloquear as negociações emperradas pelo autoritarismo neofacista do governo do Estado. A greve de uma categoria foi transformada em guerra de classe. Gostaria de saber aonde os “coveiros” da luta de classe, especialmente os pós-modernos, irão enfiar suas caras e teorias? Neste contexto, a razão comunicativa da sociedade dialógica de Habermas não passa de um cadáver fantasmagórico, morto pela realidade concreta, apesar de existir apenas como idealismo infantil no mundo capitalista. Repito, essa greve é uma guerra de classe contra classe.



Vergonhoso também é o papel que o PT e a CUT do Maranhão assumem nesse mesmo cenário. E preciso lembrar que o PT é parte desse governo, tem o vice-governador e alimenta a caneta de Roseana Sarney com o sangue de nossa classe. A CUT se esconde e não lança uma única nota em apoio à greve dos professores. Na verdade, lideranças históricas da CUT e do PT estão envolvidos até a medula nos casos de corrupção da FAPEMA do INCRA. Assim, como a categoria enterrou simbolicamente a governo de Roseana Sarney no ultimo dia 15/04 (quinta-feira), aos militantes desse PT um gesto importante para a greve seria se desfilarem em massa desse partido, desenterrando-o dos seus corações e mentes.

E lamentável ver tamanha covardia com uma categoria de homens e mulheres que passam mais tempo com os filhos da comunidade onde estão localizadas suas escolas do que com seus próprios filhos. É lamentável ouvir jornalistas como Roberto Fernandes que sempre nutriu uma grande simpatia da classe trabalhadora desse estado reproduzindo fielmente o discurso criminalizador de seus patrões da Mirante. Espero que o espírito desse camarada não esteja assombrado pelos “fantasmas” que rondam a Assembléia Legislativa do Maranhão? Na verdade, não são apenas os educadores que estão na alça de mira desse governo, mas a juventude de periferia que igualmente clama por uma educação de qualidade. “Prefiro ficar com sede até o final do horário do que beber essa água com gosto de esgoto”, assim desabafou uma aluna da escola Paulo XVI após aderir ao ato dos professores no bairro Cidade Operária. Não tenho dúvida que aqueles que negam uma educação de qualidade para esses jovens são os mesmos que entopem os bairros de periferia com crak, merla e armas. Essa é a politica de mão dupla do governo Roseana para a juventude pobre e negra. Os familiares dos 18 massacrados em Pedrinhas que os digam.

Eu, particularmente, não acredito na possibilidade de universalização da educação pública no capitalismo, nem muito menos que a educação irá resolver os graves problemas estruturais desse modo de produção. Na hierarquia de organização da sociedade capitalista a escola é um importante espaço de disputa por poder, mas não é dela que emana o poder dos que controlam a sociedade como um todo. No entanto, entendo que a luta por uma educação pública de qualidade é uma tarefa que não devemos abrir mão de jeito algum, especialmente num estado como o Maranhão que ocupa os mais baixos IDH’s do Brasil. A luta por uma educação libertadora deve ser parte da luta por uma sociedade de homens e mulheres livres. Por isso continuo orgulhoso em ser professor da escola pública e de, juntamente com outros (as) companheiros (as), dedicar uma parte preciosa de minha vida para lutar por uma educação pública e de qualidade, no que pese todo e qualquer tipo de retaliação.

A GREVE DOS PROFESSORES É POLÍTICA, SIM SENHORES




É assim em todas as greves dos trabalhadores. Quando o governo perde os argumentos eles lançam à máxima: a greve é política ou ela é feita por aqueles que ainda não saíram do palanque. Isto aconteceu na greve dos cem dias no governo Jackson Lago quando os professores lutavam para derrubar a Lei do Cão. Naquele momento os membros do Governo Jackson diziam: esta greve é política e articulada pelos membros da família Sarney. Nós dizíamos: não senhores, esta greve é dos trabalhadores e não vamos baixar a cabeça pra nenhum governo. Eles confundiam a cobertura oportunista do sistema Mirante favorável a greve. Esta afirmativa se confirma agora. Leiam os noticiários da Mirante. Tudo o que eles defendiam no passado, agora negam. Lembro-me que numa das reuniões de negociação em que participei, representando os servidores da Assembléia Legislativa, com o Chefe da Casa Civil Aderson Lago ele disse diretamente a mim: “Noleto sai do palanque, a eleição já terminou”. Para estes senhores o povo deve elegê-los e esperar quatro anos para reclamar de sua política, quando estiverem a frente de uma urna eletrônica, o xodó da democracia burguesa, mesmo que esta política seja de massacre ou de retirada das conquistas históricas dos trabalhadores. Eu respondi Aderson: “Este era o discurso de Roseana no passado quando os trabalhadores iam à rua questionar sua política governamental”. Como se vê, na atualidade, o discurso dos dois defensores do projeto burguês se igualam ao longo do tempo.

Se vocês leram com bastante atenção o primeiro parágrafo a palavra política de governo aparece repetida vezes. Não podia ser diferente, já que a decisão de Jackson na época e a de Roseana na atualidade não é divina ou sobrenatural, é política. Como então devem responder os trabalhadores quando uma política de governo os ataca. A meu ver com ação política e, a greve é uma ação política secular dos trabalhadores.

Já sei o que vão me dizer aqueles que defendem que a greve é política, pois estão presentes elementos que pertencem a partidos políticos. Respondo: mesmo se a greve não fosse autônoma em relação aos partidos políticos, o que não é o caso, o termo greve política estaria correto. Respondam por acaso se a decisão política, tomada pelo governo Roseana, de não atender os interesses dos trabalhadores da educação é uma decisão pessoal ou é parte do programa de governo que envolvia treze partidos políticos, entre estes o partido dos trabalhadores e o PMDB. Professores daqui pra frente quando lhe acusarem de que a greve é política, respondam em alto e bom som: “sim senhores, a greve é política”

sexta-feira, 15 de abril de 2011

ANIVERSÁRIO DO BLOG E DO CRIADOR DO MESMO



Neste mês de abril dois aniversários importantes irão acontecer, pelo menos para este que escreve. O meu na próxima segunda dia 18, também será o dia do livro. Outro aniversário importante é o de um ano de lançamento deste blog.

Sobre ele quero falar algo. Primeiro gostaria de incentivar a todos, que ainda sentem receio de utilizar esta ferramenta, que produza o seu. A idéia inicial era de eliminar uma deficiência na arte de escrever. Ta surtindo efeito, apesar de faltar muito para aprimorar esta arte. Depois percebi que poderia utilizá-lo para passar informação sobre arte, política, etc. Também utilizo para divulgar escritos de outras pessoas sobre a luta em geral e sobre o cotidiano. Não esperava que esta pequena iniciativa fosse tão poderosa e que tivesse as visitações hoje atingidas.

Os números indicam que neste ano de existência este blog já foi visitado 8524 vezes. Atingiu no mês passado 1679 visitas e tem em média 24 acessos diários. Divulgo estes números não para buscar números maiores, mas para reforçar a importância de que mais pessoas se arrisquem nesta empreitada. Assim, nós estaremos contribuindo para quebrar ou pelos diminuir a propaganda da mídia burguesa e oficial, além de expressarmos nosso pensamento.


Por último quero informar que nesta data (15 de abril) completa mais um ano de vida um grande músico e amigo, CÉSAR TEIXEIRA a quem desejo muitos anos de vida.

Revisado ás 19:07 do dia 15 de abril

quinta-feira, 14 de abril de 2011

SERVIDORES FAZEM ATO CONTRA GOVERNO DILMA



Ontem, quarta-feira, 13 de abril, estive em Brasília participando do primeiro grande ato dos servidores públicos de todo o país contra os ataques do Governo Dilma. As entidades nacionais envolvidas na coordenação do ato (26 ao todo) mais as que apoiaram e os sindicatos de base, além de denunciarem as propostas de arrocho impostas pelo governo, que visam o corte no Orçamento de R$ 50 bilhões, desmonte dos serviços públicos, privatizações na área da saúde entre tantos outros, também protestaram contra a proposta do governo de aprovação do PLP 549/09, que prevê o congelamento salarial por 10 anos, e o PLP 248/98, que institui a demissão por insuficiência de desempenho.

Antes do ato principal, ocorrido na parte da tarde, aconteceu pela manhã uma pequena manifestação saindo da praça dos três poderes rumo ao anexo 2 da Câmara Federal que objetiva barrar o projeto de lei que cria a aposentadoria complementar privada. Ao chegarmos no anexo fomos informados que tal projeto fora retirado de pauta provisoriamente devido a um pedido de vista formulado por um parlamentar. Ainda nesta manhã os servidores encontraram outra passeata organizada pelo DCE da UNB que estavam denunciando a situação precária que se encontra aquela universidade depois do alagamento ocorrido no último domingo em decorrência das chuvas pesadas que caiu em Brasília.




O principal ato iniciou-se por volta de 15 horas com uma Marcha dos Servidores que estavam concentrados na praça dos três poderes, e depois se dirigiu até o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), onde foi feita uma ampla manifestação com carro de som, até o começo da reunião com a ministra Miriam Belchior. Antes do inicio desta marcha presenciei a prisão de um indivíduo que tocou fogo na principal bandeira brasileira que fica hasteada na praça dos três poderes. É bom que se diga que tal ato não partiu de nenhum militante ou teve orientação dos envolvidos na marcha, apesar de que precisamos de medidas mais ousadas para garantir nossos direitos.

Após chegada no MPOG foram abertas várias falas para as diversas entidades presentes e eu tive a oportunidade de falar em nome da Federação Nacional dos Servidores do Poderes Legislativos Federal, Estaduais e do Distrito Federal (FENALE), Além de falar dos problemas específicos da nossa categoria aproveitei para denunciar o descaso com a educação protagonizado pelo governo da Roseana Sarney no estado do Maranhão e solicitar de todas as entidades presentes total solidariedade a greve dos trabalhadores da educação que já dura mais de 45 dias.

Em seguida, ainda como representante da FENALE fiz parte da comissão de negociação que se reuniu com a Ministra do Planejamento Miriam Belchior. Nesta reunião a palavra foi aberta apenas para seis entidades entre as varias presentes. Pela ordem falou o representante da CUT, da CSP- CONLUTAS, CTB, CONDSEF, FASUBRA e FENAJUFE. Todas estas falas foram antecedidas pela da ministra. Ela destacou que seu o governo atual é uma continuidade do governo Lula, que na sua ótica propiciou grandes avanços para os servidores públicos, mas que o momento é outro. Na fala do representante da CSP-CONLUTAS (Paulo Barela) ele criticou a opção, que fez o governo Lula, seguido por Dilma, pelo pagamento da divida publica em detrimento do sucateamento dos serviços de necessidades básicas da população: saúde, educação e habitação.

No final de sua fala a ministra destacou que o governo só abrirá mão de seus projetos estratégicos, mesmo que na ótica dos trabalhadores sejam nocivos a maioria sofrida da sociedade, se a correlação de forças for desfavorável a ele.

terça-feira, 12 de abril de 2011

A relação entre sindicatos e partidos e a democracia operária

MARCOS MARGARIDO da redação do site do PSTU


Fatos recentes deixaram perplexos os ativistas sindicais brasileiros que lutam pela transformação social e a libertação de nosso país da exploração capitalista e do imperialismo.



Na visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil, a CUT-RJ divulgou uma nota na qual afirmava que não podia “ignorar a importância política e comercial da visita do presidente Obama ao Brasil (...) visando seu desenvolvimento e dias melhores para sua gente” [grifo nosso].

Alguns dias depois, a CUT divulgou uma nota de pesar pela morte do ex-vice-presidente do Brasil, José de Alencar, onde dizia que a aliança de Alencar com Lula somou “a força dos trabalhadores e o capital produtivo na luta pela transformação social e econômica do Brasil”, e a “defesa permanente das grandes causas nacionais”.

O que leva uma central de trabalhadores a defender dessa maneira o principal representante do imperialismo mundial e o proprietário da maior empresa do ramo têxtil do Brasil?

Somente sua submissão e atrelamento ao governo Lula, anteriormente, e ao governo Dilma, agora, podem explicar tal atitude. Ao perder totalmente sua independência frente a um governo burguês de aliança de classes, termina por defender um membro da própria burguesia. Ao perder sua independência frente a um governo pró-imperialista, termina por defender o próprio imperialismo.



Isso nos leva a pensar, mais uma vez, em qual deve ser a posição dos sindicatos frente aos governos e partidos. Os sindicatos devem ser totalmente independentes dos partidos e governos? Existem diferenças na relação dos sindicatos com partidos burgueses, por um lado, e operários, por outro?

Publicamos, abaixo, um texto apresentado ao Congresso de 2007 do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, pelo Coletivo de Metalúrgicos da Conlutas, onde estas questões são discutidas.


A relação entre sindicatos e partidos e a democracia operária

A discussão sobre a relação sindicatos-partidos envolve muitos aspectos importantes que influenciam diretamente nossa vida sindical. Os militantes partidários devem participar dos sindicatos? Os sindicatos devem discutir política partidária? Os partidos devem fazer propostas nas reuniões dos sindicatos? Qual deve ser a relação dos sindicatos com os governos e partidos governistas?

Para responder a estas perguntas, é necessário levar em conta, primeiro, uma diferença importante, que distingue a relação dos sindicatos com os governos e patrões, por um lado, e com os partidos, por outro. É a diferença entre independência e autonomia.

Assim, defendemos a independência dos sindicatos em relação ao governo, aos patrões e ao Estado. Isto é, não pode haver qualquer relação política, financeira ou organizativa com as entidades patronais e seus governos. Os sindicatos não devem receber quaisquer recursos financeiros vindos do Estado ou de empresários e deve proibir seus dirigentes de ocupar cargos de confiança em qualquer instância governamental.

Já os sindicatos devem ser autônomos em relação aos partidos. Isto é, as decisões dos sindicatos devem ser soberanas, mas devem permitir que seus membros participem de partidos políticos e vice-versa. Mas os sindicatos não podem ser apolíticos, é sua obrigação se posicionar sobre os acontecimentos políticos na sociedade e receber, em suas instâncias, todos os trabalhadores filiados, ou não, a partidos políticos.


A diferença entre independência e autonomia decorre do fato de que o governo, os patrões e seu Estado são defensores do capitalismo. Isto também acontece com o atual governo Lula que, embora tenha um presidente operário, é um governo que defende a ordem capitalista, isto é, a exploração dos trabalhadores, e não podemos ter qualquer relação com ele. Por isso dizemos que a CUT, ao ter membros seus no governo, receber dinheiro do governo – através do FAT – e dos patrões para organizar o Primeiro de Maio, transformou-se em Central chapa branca e subordinada aos interesses do capital.

Por outro lado, os sindicatos e os partidos operários são organizações construídas pelos trabalhadores, mas não são a mesma coisa. A relação entre eles não é de independência, mas de autonomia mútua. Para que essa relação possa ser bem estabelecida, é necessário conhecermos as diferenças entre os dois tipos de organização, seu papel e suas limitações.



Os sindicatos são instrumentos da classe operária, criados para defender seus interesses. São organizações de massa dos trabalhadores. Deles participam todos que querem lutar contra seu patrão, sem diferenciações ideológicas, de raça, religiosas, de orientação sexual etc. e surgiram naturalmente, devido à necessidade de trabalhadores de uma mesma fábrica se unirem contra seu patrão para reivindicar melhorias salariais ou nas condições de trabalho. No início, a burguesia não admitia qualquer organização sindical, pois estas criavam dificuldades a seus negócios e à livre concorrência. Várias leis foram criadas para proibir os sindicatos, e várias lutas foram travadas até que os trabalhadores conseguissem o direito à existência de suas organizações. As mais famosas foram as lutas pela jornada de oito horas, que aconteceram em todo o mundo e deram origem ao “1° de Maio” e a luta das mulheres por igualdade salarial com os homens, que tem o “8 de Março” como data de luta.

No entanto, nem sempre os patrões atacam os sindicatos tentando destruí-los. É o que presenciamos atualmente. Nesta época imperialista, em que a centralização do capital e a exploração dos trabalhadores chegam ao máximo, destruir os sindicatos não é a melhor opção. É mais útil para a burguesia ter os dirigentes sindicais a seu lado, para poderem convencer a classe trabalhadora a deixar-se explorar com mais facilidade, ou para desmoralizá-la. Por exemplo, a Força Sindical foi criada por Collor com este objetivo, e a CUT foi se burocratizando aos poucos, com seus dirigentes recebendo cada vez mais privilégios (carros, salários maiores, viagens, liberações do trabalho), até transformarem-se num corpo estranho em relação à base dos trabalhadores.

Por isso, os sindicatos de hoje estão frente a uma encruzilhada: podem servir de ferramentas secundárias do capitalismo para a domesticação dos operários, ou podem converter-se em ferramentas de luta do proletariado. No primeiro caso, são sindicatos atrelados, submissos, pelegos e autoritários em relação aos trabalhadores. No segundo, são sindicatos independentes, de luta, que querem mudar a ordem social e que praticam a democracia operária.

Mas, independentemente de ser um sindicato pelego ou de luta, existe uma limitação insuperável à sua atuação: os sindicatos são organizações de luta contra a exploração patronal, mas, ao mesmo tempo, existem em função dessa mesma exploração. Isto é, são organizações que lutam para que os trabalhadores vendam sua força de trabalho por um preço mais alto, mas não para suprimir a própria venda. Não conseguem, por si só, destruir o sistema capitalista e construir o socialismo.

Nesse sentido, ganha muita importância a construção dos partidos operários, e, dentre eles, os partidos revolucionários. Fazemos essa distinção porque podem existir partidos operários que não lutam pela destruição do sistema capitalista. É o caso do Partido Trabalhista inglês.

O PT, que foi construído pela base com o objetivo de enfrentar os patrões (na primeira eleição do PT, sua palavra de ordem era “Nem patrões nem generais”), e cumpriu um papel muito importante na organização dos trabalhadores, não defende mais o fim do sistema capitalista, mas, no máximo, melhorias dentro do sistema capitalista. Infelizmente, o governo Lula nem isso tem feito, já que se aliou à burguesia e ao imperialismo para atacar as conquistas dos trabalhadores.

Já os partidos revolucionários, embora minoritários entre os trabalhadores, defendem a revolução socialista. Enquanto os sindicatos são organizações de massa, os partidos são organizações de vanguarda e são, em geral, compostos por aqueles trabalhadores que têm uma identidade ideológica, expressa no programa de cada partido.

Neste ponto, podemos voltar à questão da autonomia dos sindicatos em relação aos partidos. A concepção de luta sindical puramente econômica leva as amplas massas trabalhadoras a um beco sem saída, pois nunca ultrapassarão o sistema capitalista e viverão sob a exploração perpétua. Por isso, a luta política também deve ser travada nos sindicatos e neste caso os partidos, que são uma parte dos trabalhadores, têm um papel importante de politização dessa luta. Quando aprovamos em nosso sindicato a luta contra a Reforma da Previdência e contra as reformas que retiram direitos, esta é uma luta política da classe trabalhadora e não só por aumento de salário.

Neste sentido, a participação de militantes partidários nas assembleias e nas diretorias dos sindicatos é fundamental para que possam apresentar suas posições políticas e sejam apreciadas de forma autônoma pela categoria.

As posições dos partidos operários são sempre bem vindas, mas não podem aparelhar as decisões dos sindicatos. Um partido não pode, por ter maioria na diretoria de um sindicato, impor suas posições para a categoria. Na verdade, nenhum grupo organizado, mesmo que não seja partidário, pode fazer isso.

E para que não ocorra o aparelhamento do sindicato por partidos ou qualquer grupo organizado, os sindicatos devem adotar a mais ampla democracia operária, para que a base decida sobre todos os assuntos, desde o emprego do dinheiro do sindicato até as decisões políticas mais importantes.

Para efetivar a democracia operária, os sindicatos devem ser fanáticos em aumentar o número de sócios e ver a melhor forma de estabelecer relações com a base.

É com base nisso que a Conlutas estabelece em seus estatutos:

“Art. 5º – São princípios basilares da Conlutas:

Parágrafo Primeiro – A independência de classe. A atuação da Conlutas deverá basear-se no pressuposto de que a libertação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores. Para não fugir aos seus objetivos a Conlutas deve se pautar pela mais completa independência política, financeira e administrativa em relação à classe empresarial, à burguesia classicamente considerada, aos governos e ao Estado.

Parágrafo Quarto – A autonomia frente aos partidos políticos. A Conlutas, sendo uma organização de natureza sindical, popular e de classe, sem caráter partidário, é autônoma em relação aos partidos políticos e deverá sempre preservar sua autonomia em relação a eles, o que significa que todas as suas decisões – políticas, administrativas e financeiras – serão tomadas de forma soberana nas suas instâncias de deliberação.

Parágrafo quinto – A democracia e a unidade na ação. A Conlutas deve pautar todo o seu funcionamento em formas e processos que assegurem a democracia e um rico e saudável debate interno, respeitando a diversidade política existente em seu interior. Os processos de decisões de suas políticas devem basear-se em ampla participação das entidades e organizações a ela filiadas. Consequentemente, as decisões tomadas de forma coletiva e democrática devem assegurar a unidade na ação de todos os seus componentes, fortalecendo a capacidade de luta do conjunto”.

Podemos dizer, então, que os trabalhadores podem e devem construir suas organizações sindicais – os sindicatos e centrais sindicais – e suas organizações políticas – os partidos e correntes políticas – onde exista uma relação mútua baseada na autonomia das decisões dos sindicatos frente aos partidos (e vice-versa), com independência de classe frente ao governo e os patrões e sob a condição da mais ampla democracia operária, que garanta o direito de participação das várias opiniões partidárias e daqueles trabalhadores sem partido, mas que seja a base do sindicato que decida tudo em assembleia.

Essa prática deve ter um objetivo claro de colocar as entidades sindicais a serviço da mobilização dos trabalhadores e, quando em unidade com outras categorias e setores sociais, a serviço dos explorados do campo e da cidade na luta por uma sociedade sem exploração do homem pelo homem, a luta pelo socialismo.