quinta-feira, 14 de abril de 2011

SERVIDORES FAZEM ATO CONTRA GOVERNO DILMA



Ontem, quarta-feira, 13 de abril, estive em Brasília participando do primeiro grande ato dos servidores públicos de todo o país contra os ataques do Governo Dilma. As entidades nacionais envolvidas na coordenação do ato (26 ao todo) mais as que apoiaram e os sindicatos de base, além de denunciarem as propostas de arrocho impostas pelo governo, que visam o corte no Orçamento de R$ 50 bilhões, desmonte dos serviços públicos, privatizações na área da saúde entre tantos outros, também protestaram contra a proposta do governo de aprovação do PLP 549/09, que prevê o congelamento salarial por 10 anos, e o PLP 248/98, que institui a demissão por insuficiência de desempenho.

Antes do ato principal, ocorrido na parte da tarde, aconteceu pela manhã uma pequena manifestação saindo da praça dos três poderes rumo ao anexo 2 da Câmara Federal que objetiva barrar o projeto de lei que cria a aposentadoria complementar privada. Ao chegarmos no anexo fomos informados que tal projeto fora retirado de pauta provisoriamente devido a um pedido de vista formulado por um parlamentar. Ainda nesta manhã os servidores encontraram outra passeata organizada pelo DCE da UNB que estavam denunciando a situação precária que se encontra aquela universidade depois do alagamento ocorrido no último domingo em decorrência das chuvas pesadas que caiu em Brasília.




O principal ato iniciou-se por volta de 15 horas com uma Marcha dos Servidores que estavam concentrados na praça dos três poderes, e depois se dirigiu até o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), onde foi feita uma ampla manifestação com carro de som, até o começo da reunião com a ministra Miriam Belchior. Antes do inicio desta marcha presenciei a prisão de um indivíduo que tocou fogo na principal bandeira brasileira que fica hasteada na praça dos três poderes. É bom que se diga que tal ato não partiu de nenhum militante ou teve orientação dos envolvidos na marcha, apesar de que precisamos de medidas mais ousadas para garantir nossos direitos.

Após chegada no MPOG foram abertas várias falas para as diversas entidades presentes e eu tive a oportunidade de falar em nome da Federação Nacional dos Servidores do Poderes Legislativos Federal, Estaduais e do Distrito Federal (FENALE), Além de falar dos problemas específicos da nossa categoria aproveitei para denunciar o descaso com a educação protagonizado pelo governo da Roseana Sarney no estado do Maranhão e solicitar de todas as entidades presentes total solidariedade a greve dos trabalhadores da educação que já dura mais de 45 dias.

Em seguida, ainda como representante da FENALE fiz parte da comissão de negociação que se reuniu com a Ministra do Planejamento Miriam Belchior. Nesta reunião a palavra foi aberta apenas para seis entidades entre as varias presentes. Pela ordem falou o representante da CUT, da CSP- CONLUTAS, CTB, CONDSEF, FASUBRA e FENAJUFE. Todas estas falas foram antecedidas pela da ministra. Ela destacou que seu o governo atual é uma continuidade do governo Lula, que na sua ótica propiciou grandes avanços para os servidores públicos, mas que o momento é outro. Na fala do representante da CSP-CONLUTAS (Paulo Barela) ele criticou a opção, que fez o governo Lula, seguido por Dilma, pelo pagamento da divida publica em detrimento do sucateamento dos serviços de necessidades básicas da população: saúde, educação e habitação.

No final de sua fala a ministra destacou que o governo só abrirá mão de seus projetos estratégicos, mesmo que na ótica dos trabalhadores sejam nocivos a maioria sofrida da sociedade, se a correlação de forças for desfavorável a ele.

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