segunda-feira, 8 de setembro de 2014

A CORRUPÇÃO ENVOLVENDO A PETROBRÁS E O FINANCIAMENTO DAS CAMPANHAS E PARTIDOS PELAS GRANDES EMPRESAS



Com as denuncias feitas pelo ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, que está preso e negocia um acordo de delação premiada com a procuradoria, temos mais um escândalo de corrupção de grande dimensões aflorando na cena política brasileira.
Ao que indicam as informações tornadas publicas até agora, há dezenas de políticos, de vários partidos (PT, PMDB, PP e talvez outros) envolvidos nas denuncias. Dinheiro publico foi desviado, através de contratos superfaturados, para financiar partidos e campanhas eleitorais de políticos destas partidos.
Tudo a ver com a discussão que o PSTU tem insistido em levantar nesta campanha eleitoral: o financiamento das campanhas eleitorais, dos políticos e partidos por grandes empresas é uma das fontes mais importantes da corrupção generalizada que marca a política em nosso país. Ao aceitar o financiamento de uma empresa, o partido e o político estabelece com ela a relação de fidelidade que deveria ser com o eleitor. E a empresa, quando financia um partido e um político faz um investimento, que garante um enorme retorno, depois, na forma de obras desnecessárias, contratos superfaturados, decisões de governo que favorecem seus interesses, etc, etc.
Aécio esbraveja na TV contra isso, “esquecendo-se” de que a sua candidatura e o seu partido também são financiados por estas empresas e que, quando no governo, também as favorecia em troca do financiamento. Ou não é isso que acontece em São Paulo, com os contratos superfaturados do governo paulista, do PSDB, com a multinacionais que prestam serviços de manutenção no Metrô?
Dilma fala que vai tomar todas as providencias “cabíveis”. Deveria começar por pedir demissão do cargo que ocupa. É responsabilidade dela a permanência deste ex-diretor à frente do setor de suprimentos da Petrobras de 2004 até 2012, quando foram feitas as negociatas agora denunciadas. E até agora a única providencia “cabível” que se viu por parte do governo foi a de tentar abafar as investigações sobre a Petrobras.
Marina sai em defesa do ex-governador Eduardo Campos, mostrando que a defesa da ética que faz é da mesma natureza da defesa que faz o PT e o PSDB. Aliás, é preciso registrar que, depois que se tornou a candidata oficial do PSB este partido e sua candidatura está recebendo mais “contribuições” das empresas do que seu antecessor na tarefa.
O financiamento das empresas aos partidos e políticos é um dos principais meios através do qual, o poder econômico controla a política e as eleições em nosso país. E quase todos os partidos entram na farra. Até o PSOL, lamentavelmente, já entrou nesta lógica. Já havia recebido recursos de grandes empresas em eleições anteriores e agora, mais uma vez está recebendo recursos de grandes empresas para financiar a candidatura de Luciana Genro e candidatos a governador do partido.
É preciso proibir o financiamento de campanhas eleitorais e de partidos pelas empresas!
É preciso punir corruptos com a prisão e confisco dos bens!
E é preciso fazer o mesmo com os responsáveis pelas empresas corruptoras: prisão e confisco dos bens!
Chega de bandalheira!

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