sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O que a Mirante não diz sobre o Movimento Militar

Mais uma do Jornal Vias de Fato.

Depois que o governo Sarney resolveu sair de sua arrogância e negociar com os militares acampados na Assembléia Legislativa foram feitas duas propostas objetivas, uma por parte do governo e outra por parte do movimento. Ontem (29/11) o governo ofereceu 10,1% de reajuste. No mesmo dia, uma assembléia com mais de mil trabalhadores rejeitou a proposta. A reivindicação inicial era de 30%.

Hoje pela manhã, os militares encaminharam uma nova proposta que esta sendo discutida em outra rodada de negociação. A nova reivindicação do movimento é a seguinte:

Para janeiro de 2012 - 17,9% de reajuste, com o salário base de um soldado da PM ficando em R$ 2400,00.

Para 2013 - 12,5% de reajuste

Para 2014 - 11,11% de reajuste

Para 2015 – 10% de reajuste

Segundo informações dos dirigentes do comando do movimento, já houve acordo em relação às seguintes reivindicações: anistia geral, o fim do Regulamento Disciplinar do Exército (com a implantação de um novo código de ética para a PM do Maranhão), a forma de promoção, a data base, a mesa paritária e a carga horária.

Estes dirigentes nos informaram também que o governo não aceitou a aposentadoria com 25 anos de trabalho, nem a equiparação do cargo de Comandante da PM ao cargo de Secretário de Estado. Sendo, assim, para viabilizar o acordo, estas reivindicações foram retiradas.

Porém, enquanto o governo não tem a capacidade de viabilizar um acordo, cresce a cada dia o apoio ao movimento dos militares em todos os setores da sociedade civil. Ontem, o MST e um grupo de quilombolas, estiveram na Assembléia Legislativa para prestar solidariedade. E os quilombolas fizeram uma festa, com música e tambores, cantando: “quem não pode com a formiga, não assanha o formigueiro”. Um dia antes, estiveram na sede da Assembléia Legislativa para prestar solidariedade os estudantes, políticos de vários partidos e organizações sociais.

Quanto ao Sistema Mirante/Sarney, ele segue querendo criminalizar o movimento militar e, como resposta, ficou sem conseguir falar com o comando da paralisação, num boicote que continua merecendo o nosso elogio. A violência comandada e iniciada por Fernando Sarney (definido pela PF como chefe de uma organização criminosa) desencadeia uma reação natural da PM, criando, lamentavelmente, um ambiente hostil para os diferentes profissionais que trabalham nos órgãos de comunicação da oligarquia. Neste caso, os diferentes empregados pagam pelos atos e crimes do patrão opressor.

E assim, neste clima criado pelo próprio grupo Sarney, o governo Roseana vai se desgastando cada vez mais junto à opinião pública, com direto até a um pedido de impeachment circulando nas redes sociais. Nos bastidores, todos dizem que, se os trabalhadores militares continuarem unidos, o governo - que está cada vez mais desmoralizado - será obrigado a ceder.

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