quinta-feira, 30 de junho de 2011

SÃO PEDRO E SÃO MARÇAL DUAS FESTAS POPULARES


Dizem que festa popular é uma uma manifestação popular, cuja a intensidade ultrapasse os limites de uma atividade festiva individual e passe abranger o coletivo. Neste sentido, acabo de chegar da maior festa popular do Brasil. São dez e meia da noite e retornei da festa de São Marçal. Ela acontece há oitenta e cinco anos na Avenida São Marçal no bairro do João Paulo na cidade de são Luís do Maranhão. É o encontro de diversos grupos de bumba-meu-boi. O ápice da brincadeira chama-se "desafio", quando dois grupos de bumba-meu-boi de matraca se encontram e entram em confronto para ver quem cala a voz do grupo adversário ou contrário como comumente se chama. O som contagiante lhe impossibilita ficar parado.

Esta festa popular é antecipada por outra de mesma magnitude que acontece no largo de são Pedro, aonde os bois vão até a capela do santo referido, para serem batizados. Esta acontece no bairro da Madre de Deus.



Nas duas festas, que participo todas as vezes que estou na ilha, tive a oportunidade de brincar de perto em dois grandes batalhões pesados da grande ilha. No dia de São Pedro acompanhei o batalhão da Madre Deus. Descemos a Rua do Teixeira num sol escaldante, mas o calor do sol parecia ser de caloria insignificante diante do calor que irradiava dos brincantes. Tinha uma cabocla que soltava alegria pelos poros junto com a fumaça da Katiroba.

Já no João Paulo acompanhei outro batalhão pesado. Este é do bairro do Barreto. Os cantadores se intitulam quarteto fantástico. Lembro-me de três nomes: Zé Paulo, Sereno e Zé Roque. Os acompanhei desde às quatro horas da tarde. O percurso inicial até o palanque oficial por onde passa todos os bois não conta 500 metros. No entanto, levamos mais de cinco horas para chegarmos ao palanque.

Quando sair de lá ainda faltava passar, boi de Matinha, bairro de Fátima e Pindoba, isto depois de haver passado dezenas de outros batalhões pesados. Agora é só aguardar o próximo ano e repetir a dose. Para você que é maranhense, brasileiro ou de qualquer canto deste planeta fica o convite para estarem no próximo ano nestas duas festas que não precisa de abadá e nem se paga ingresso, por isto ela é genuinamente popular.

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