segunda-feira, 2 de agosto de 2010

EM DEFESA DO PSTU



A imprensa comercial burguesa tem alardeado nos últimos anos, especialmente depois das duas eleições de Lula para presidente, que estamos vivendo um processo de aprimoramento da democracia. Mas, o que a realidade mostra é justamente o contrário, o que há de fato é uma restrição dos direitos políticos da classe trabalhadora e uma centralização impressionante de poderes mediáticos e políticos. Basta lembrar que só no governo de FHC e Lula tivemos mais medidas provisórias do que em 20 anos de ditadura militar, medidas essas apoiadas, em sua grande maioria, pela grande imprensa, especialmente quando se tratava de ataques as conquistas da classe trabalhadora. Em alguns momentos, segundo Abramo (2001), a imprensa chega mesmo a substituir o parlamento na tomada dessas decisões, em fim, age com um verdadeiro partido político burguês centralizado.

Nós do PSTU sempre sentimos isso na pele, especialmente quando nossos candidatos são negros e da classe trabalhadora. Nossa candidata a vice-presidente, a professora Claudia Durans, que é negra e maranhense, teve recentemente seu salário sustado pela UFMA, um fato raro no Brasil, mas não para o PSTU, que em 2008 teve o salário do professor Welbson Madeira, candidato a prefeito, igualmente sustado pela UFMA. O professor Hertz, militante do Quilombo Urbano e candidato a vice-governador, está tendo seus direitos políticos cerceados, enquanto trabalhador da educação, em razão da greve do professores da rede municipal de ensino. Direção do SINDEDUCAÇÃO, Castelo e ala da imprensa burguesa a ele umbilicamente ligado, não cansam de acusar que essa greve é partidária em razão de termos um professor de nosso partido defendendo os seus direitos e o de sua categoria, ou melhor, de sua classe, a trabalhadora.

Não temos dúvida de que as eleições é um campo da burguesia, um jogo de cartas marcadas, marcadas pelo poderio econômico, mas que, apesar disso, tem a contradição de permitir a participação de partidos revolucionários como o PSTU, ainda que em situações completamente adversas. Para isso bastar lembrar que enquanto os principais candidatos da burguesia ao governo do Maranhão irão gastar dezenas de milhões de reais nessas eleições, nós do PSTU declaramos os inatingíveis 60 mil reais, pois não aceitamos dinheiro da burguesia.

No entanto, as eleições para nós é um momento de apresentar nosso programa e fortalecer o nosso partido, que tem crescido a cada dia no seio dos setores mais organizados da classe trabalhadora e é isso que isso tem nutrido tanto ódio da burguesia e sua imprensa contra nossos militantes. A imprensa burguesa, que raramente nos procuram para saber o que pensamos, não titubeia em criminalizar nossos militantes que participam de movimentos grevistas. Ora, os candidatos da burguesia não lutam por seus direitos, por que vislumbram a política como profissão, como profissão para enriquecer, nós do PSTU não, nossos candidatos não “sonham” em viver da política, até por que nossos programas eleitorais não são apelativos, servem principalmente para contribuir para organização de nossa classe. Caso tivéssemos algum de nossos candidatos eleitos, os mesmos iriam sobreviver com o salário de sua profissão ou o mínimo do DIEESE, por isso devem está na luta. É justamente isso, nossa postura e programa político, que justifica os ataques que nosso vice, professor Hertz, está sofrendo na greve do município.

O jornal O Imparcial dia 01 de agosto fez questão de citar nosso camarada como liderança e candidato do PSTU para imprimir junto à categoria e a sociedade de um modo geral que a greve é política partidária, ainda que o professor Hertz não tenha em momento algum utilizado a greve com intuito eleitoreiro, a categoria é a maior prova disso. Como também não deu entrevista ao O Imparcial, jornal ligado a Castelo, que ligou insistentemente para Hertz com esse objetivo. Isso prova, que a burguesia não só não nos concede espaço em sua imprensa, como tenta também nos impedir de militarmos junto a nossa classe e de lançarmos nossos candidatos. Só a Luta muda Vida é a nossa maior marca e disso não abriremos mão. Independente dos desejos da burguesia nossos militantes continuarão na luta em defesa da nossa classe e da construção do socialismo, ainda que seja em período de eleições burguesas.

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