terça-feira, 3 de agosto de 2010

SOBRE A NOTA DO ESTADO MAIOR




Li agora pouco na coluna Estado Maior um comentário sobre a campanha do PSTU pelo fim do Senado. Eles dizem: “É um contra-senso a campanha do “socialista-unificado” Luiz Noleto Chaves ao Senado Federal. Ele faz campanha para chegar lá, mas, ao mesmo tempo, defende a extinção pura e simples da Câmara Alta. Em outras palavras, é como se dissesse: “Não precisam votar em mim”.”

É difícil para alguns jornalistas, acostumados a campanhas onde a mesmice é a tônica, entender proposições aparentemente contraditórias. Claro que queremos votos. A quantidade de votos nos candidatos do PSTU ao senado vai expressar a vontade daqueles eleitores que não querem mais a existência do senado. O que não queremos é iludir o eleitor com esta instituição senado. Achamos que de todas instituições representativas da burguesia ela é mais atrasada e corrupta. Isto não implica que não temos outras propostas para discutir e debater com a nossa classe.

Na entrevista publicada no Jornal Pequeno de domingo, no meu blog (WWW.blogspot.com) e no blog do jornalista Manoel Santos são apresentadas várias propostas nossas:

JP - Que proposta o senhor defende como candidato ao Senado pelo PSTU?

Noleto – Como candidato ao Senado defenderei a EXTINÇÃO daquela Casa. Porém entendo que são necessárias algumas melhorias transitórias que tornaram a vida da nossa classe melhor. Neste sentido, entre outras, defendo a redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais como forma de gerar mais emprego; a aplicação de trinta por cento do orçamento público na educação para que a educação pública tenha mais qualidade; resgatar a cultura como direito universal. Ela deve ser tratada como serviço público e financiada pelo Estado de forma ampla, com orçamento próprio e compatível.

Com isso as “leis de incentivo” baseadas na renúncia fiscal, poderão ser abolidas; defesa de todas as formas independentes dos artistas e trabalhadores da arte e da cultura. Isto faria com que os artistas, a exemplo do que acontece aqui em nosso Estado, não fiquem divididos entre dois grupos políticos e usados pelos mesmos; legalizar as drogas para combater a violência. Só a legalização das drogas pode acabar com tráfico, enquanto atividade econômica do crime organizado.
O abuso de entorpecentes é um problema de saúde pública, relacionado a causas sociais e econômicas. A legalização criaria espaço para a regulamentação da venda, prescrição terapêutica, a pesquisa cientifica sobre riscos e controle da composição química das substancias. Também defenderemos o não pagamento da divida. Lula diz que o país teria se livrado da dívida externa. É mentira, pois a divida externa segue existindo e aumentando. Hoje ela está em torno de 280 bilhões de dólares. O que ele fez foi aumentar as reservas do país para se aproximar do montante da dívida externa e assim dizer que “a dívida acabou.

Defendo também uma alteração na legislação eleitoral para que os partidos tenham tempos iguais nas propagandas eleitorais, fim do financiamento privado para partidos políticos etc.

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