quarta-feira, 4 de agosto de 2010

SOBRE A ATUAÇÃO DA SEGURANÇA DO CAMPUS - UFMA




Escrito por mim e pelo Professor Verck


Ontem presenciei de longe uma “prisão” efetuada por guardas de segurança do CAMPUS da UFMA. Estava dirigindo um carro rumo ao CCSO e no sentido contrário os seguranças do CAMPUS_UFMA levavam dois jovens até o prédio onde se realiza o curso do mestrado, devido a isto não me desloquei até ao prédio do mestrado para entender o detalhe daquela estranha “prisão”.

O estranhamento a que me refiro era o fato dos guardas do campus estarem algemando os dois jovens que estavam em seu poder. Pelo que eu sei este papel, e às vezes discutido, cabe aos órgãos de repressão oficial. Porém, segundo relato do professor Verck, o mais grave ainda estava por vir. Os guardas da UFMA depois de já terem algemados os dois jovens começaram a espancá-los na frente do prédio do mestrado de políticas publicas e na presença de vários trabalhadores e alunos daquele prédio.

Após o professor intervir os seguranças da Empresa terceirizada que deveriam ser os responsáveis pela não violência dentro do campus saíram arrastando os dois jovens nitidamente menores de idade (entre 14 e 16 anos) – que haviam roubado um celular, segundo os seguranças – por meio de socos, pontapés nos rostos e muitos chutes na região do abdominal. A onde se dirigiam, ninguém sabe. O fim dos dois jovens, ninguém sabe. Muitas testemunhas estavam no local entre professores e funcionários dos mestrados de educação e políticas públicas, mesmo assim os “seguranças” não se preocuparam de usar a violência e tortura, além de uma prisão ilegal contra dois menores de idade.

É necessário uma tomada de posição da Promotoria de infância e juventude e da Sociedade de Direitos Humanos pra saber o que ocorreu com esses jovens. É necessário um esclarecimento da empresa responsável pela segurança do campus sobre o destino dos jovens que se roubaram celulares devem ser encaminhados aos órgãos competentes e não torturados no interior de uma instituição de ensino superior pública como a Universidade Federal do Maranhão. Os movimentos sociais e órgão de classe devem exigir esclarecidos da direção da Universidade sobre esse ato de barbárie no interior do campus universitário, como se fosse palco de um teatro de horror e tortura.

Uma Universidade que diz que cresce com Inclusão social não pode admitir tortura e violência explicita em seu espaço, ainda mais por quem supostamente deveria zelar pela tranqüilidade e segurança.

Abaixo a tortura e a violência!
Explicação já sobre o destino dos jovens!

2 comentários:

  1. primeiramente gostaria de saber qual o motivo da figura de um sargento da PM vinculada a tal noticia que faz referencia a violencia e tortura caracterizando assim o despreparo e discriminação por parte deste professor que vincula a materia sem nem mesmo se preocupar com a imagem da PM e suas implicações com tal vinculo.Gostaria de maior respeito,não só com PM em si,mas principalmente com os profissionais que temos a generalização feita por tal imagem nos agride,individualmente e em contrapartida tentamos não fazer com as demais categorias,individualizamos as noticias em respeito aos outros.

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  2. Caro anônimo talvez tenha razão sobre a figura postada para ilustrar a matéria. Por outro, a preocupação do autor foi demonstrar uma caricatura sobre violência que não aparecesse imagem de nenhum individuo, já que não fotografamos o evento. Só agora percebo que, apesar da matéria não incluir a participação da policia, pode estar dando a idéia disto. Desat forma, no momento oportuno reticarei tal equivoco

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