sábado, 14 de maio de 2011

ASSEMBLEIA GERAL NO CONVENTO DAS MERCÊS TENTÁRÁ IMPEDIR O ÍMPETO DE LUTA DOS PROFESSORES

Não é de hoje que acompanho a luta desta categoria aguerrida do Maranhão, a de professores. Esta categoria já enfrentou os governos de Luiz Rocha, Lobão, Cafeteira, Roseana Sarney, Jackson Lago e agora estão de novo na luta contra a Oligarquia Sarney.

Paralelos ao enfretamento destes governos tiveram que enfrentar as sucessivas direções do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) em vários quesitos, mas principalmente no que há de mais salutar e obrigatório no movimento dos trabalhadores, a democracia. No passado enfrentaram a professora Lucimar Goes. Hoje se deparam com os camaradas da CTB – Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.

Nos primeiros dias da greve estes companheiros restringiam ao máximo a participação e atuação dos professores da base, estejam eles organizados na CSP – CONLUTAS ou no Movimento de Resistência dos Professores -MRP ou até daqueles que não se organizam em nenhum destes grupos. Esta restrição passava pela limitação do uso do microfone até a participação na mesa de negociação.

Passado mais de trinta dias de greve os companheiros da CTB perceberam que apesar das diferenças era importante a unidade de ação entre todas, pois o principal inimigo dos trabalhadores está escondido dentro do Palácio dos Leões. Após esta atitude a greve cresceu e o governo se sentiu mais acuado a ponto de abri negociação, mesmo depois de seu braço jurídico haver declarado a mesma ilegal.

Hoje a greve já completa mais de 70 dias e, depois de várias manifestações de ruas, fechamento de Br’s aqui em São Luis, Estreito e Imperatriz, inclusive com apoio de estudantes, com a ocupação da SEDUC do Monte Castelo e mais recentemente com o acampamento em frente ao Palácio dos Leões e com as noticias em jornais e de blog’s locais, que começaram a furar a mídia governista, a vitória dos professores já estava próxima. Infelizmente os representantes da CTB resolveram quebrar a unidade de ação ao negociarem por fora acordos com o governo e convocarem para amanhã (domingo – 15/05/2011) uma Assembléia Geral.

Ontem no acampamento vários professores fizeram apelo á direção do SIMPROESSEMA no sentido de mudarem a data da Assembléia Geral para a próxima quarta-feira, mas não tiveram seu pleito atendido e entendido por aquela diretoria. Entre outras alegações os professores afirmaram que no domingos vários professores estarão sendo fiscais no concurso dos correios, o tempo curto para mobilização (só souberam da AG sábado a tarde) e o mais importante o acampamento em frente ao palácio dos leões é uma denuncia do descaso da educação patrocinado pela Oligarquia Sarney e a proposta apresentada pelo governo não é diferente da que foi apresentada na última assembléia geral. Ou seja, mais uma vez a falta de democracia se faz presente na luta histórica desta categoria. Mesmo assim, os professores organizados na CSP- CONLUTAS, no MRP e os que não estão organizados em nenhuma destas correntes se farão presentes para dizerem não a proposta mais do que indecente do governo e patrocinada pela direção do SIMPROESSEMA.

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