terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

PARLAMENTO BRASILEIRO: “tudo o que foi será de novo do jeito que” é todo dia



Na contramão dos processos das revoluções democráticas, que acontecem na Tunísia e no Egito, no Brasil tomarão posse os novos Deputados e Senadores eleitos na última eleição. Acontecerá também a eleição das novas mesas diretoras do Senado, da Câmara Federal e das Assembléias Legislativa do Oiapoque ao Chuí, tudo dentro da mesma lógica do toma lá na cá.

Nas eleições das novas Mesas Diretoras, do parlamento brasileiro, os discursos já estão prontos e batidos. Eles prometem a moralização do Legislativo, transparência nos gastos do dinheiro público, limitação das medidas provisórias do executivo e por aí vai.


Sarney, sem nenhum constrangimento, afirma no “Bom dia Brasil” que todos os problemas de corrupção apontados no ano passado no senado já foram solucionados. O candidato do PT, indicado pelo Governo, a Presidência da Câmara Federal fala em independência e autonomia daquele poder em relação ao poder executivo que o escolheu: só demagogia.

Aqui no Maranhão a coisa fica ainda mais grave, pois a briga pela presidência da Assembléia Legislativa acirrou-se entre os membros da base do governo não por disputas de idéias, mas em função dos interesses dos novos jovens delinqüentes da política maranhense. Falo da maioria dos jovens deputados que hoje tomarão posse na Assembléia Legislativa do nosso estado. Estes, que já assimilaram as velhas práticas dos antigos provocaram o racha na base do governo, não porque estão interessados em atender as demandas sociais do povo do Maranhão. Tudo acontece em nome do velho clientelismo e fisiologismo político além da garantia da manutenção de verbas parlamentares.


O governo que até ontem tinha como candidato de consenso o genro de Roseana Sarney Ricardo Murad agora apresenta três novos após a desistência deste. Arnaldo Melo (PMDB), Max Barros (DEM) e Manoel Ribeiro (PTB) serão os protagonistas desta nova farsa democrática. O primeiro já está há dez anos no parlamento maranhense, o segundo também já não é marinheiro de primeira viagem e o último nem se fala.


Max Barros


Arnaldo Melo

Manoel Ribeiro já foi presidente da assembléia por dez anos. Seus atos de malversação do dinheiro publico já é do conhecimento público. Naquele momento, quando ocupava o cargo de Presidente do Sampaio Correa Futebol Club, a maioria dos jogadores contratados por ele fazia parte da folha de pagamento da Assembléia Legislativa. E assim caminha o parlamento brasileiro: “tudo o que foi será de novo do jeito que” é todo dia.


Manoel RiBeiro



A nós da dita “sociedade civil organizada” só nos cabe, neste momento, acompanhar de fora do camarote mais este baile da velha desgastada democracia burguesa. No futuro precisamos mudar esta forma repulsiva de representatividade.

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